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Vale utiliza robôs em operações de três Estados

A Vale está investindo no uso de robôs em diferentes funções em suas operações em Minas Gerais, Espírito Santo e Pará. O objetivo é diminuir riscos para os trabalhadores e reduzir o número de paradas e o custo de manutenção em diferentes tipos de equipamentos essenciais para a produção, como moinhos e esteiras transportadoras.


Isto porque os dispositivos conseguem atuar em áreas com terreno acidentado, além de espaços confinados e de difícil acesso para as pessoas, como tubulações, galerias e outros, e retira os funcionários de atividades com maior perigo.

"Com o robô eliminamos riscos pertinentes às atividades de inspeções, como partes rotativas de equipamentos, ruído e poeira", afirma Rayner Teixeira, analista operacional responsável pelo desenvolvimento do Anymal na Vale. Este é um dos três modelos principais de robôs empregados pela mineradora.

O Anymal foi criado pela suíça Anybotics e foi adaptado para operações de mineração com apoio de equipe da Vale. Segundo a companhia, o sucesso em uma "prova de conceito" realizado na usina de Cauê, em Itabira (MG), "convenceu a Vale de que deveria adquirir uma unidade do robô".

Além de minimizar a exposição humana em locais de risco, inclusive ergonômico, o equipamento permite a inspeção de ativos de forma remota. "O robô também nos dá acesso a espaços confinados, como o interior de um moinho", observou Rayner Teixeira em nota.

Caseiros


Além do Anymal, a Vale utiliza mais dois modelos criados pela célula de robótica do Instituto Tecnológico Vale (ITV). Um deles é o EspeleoRobô, cujo projeto foi originalmente iniciado pela área de espeleologia da mineradora em 2015 para mapeamento de cavernas e posteriormente assumido pelo ITV em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Em 2017 o robô começou a ser testado em funções como inspeções em ambientes confinados, já sendo empregado em inspeções em espaços confinados e serviços em equipamentos de usinas, como mapeamento de moinhos de bolas e inspeção de dentes de britador.

De acordo com a Vale, o EspeleoRobô já atuou em mais de 15 serviços diferentes nas operações de Minas Gerais, Espírito Santo e no Pará. "Seu sistema intercambiável de locomoção permite mover-se utilizando rodas, pneus, esteiras ou pernas, dando condições de mobilidade em diferentes tipos de terrenos, e seu sistema de sensoriamento permite inspeção em alta resolução, geração de mapas tridimensionais, além de outras capacidades modulares", disse a mineradora.

"O ITV está produzindo mais três unidades desse robô, que serão cedidas às operações de cobre no Pará e de minério de ferro em Vitória (ES) e Itabira (MG), onde serão empregados em inspeções de moinhos de usina, dutos e outros ambientes confinados", acrescenta a nota.

Outro equipamento que está sendo desenvolvido pelo ITV, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é o Robô para Serviços de Inspeção (Rosi), destinado a atuar em áreas operacionais da Vale com foco nas correias transportadoras e que está em fase de testes. Ele possui um braço robótico capaz de reposicionar sensores e coletar amostras em lugares de difícil acesso.

"Esses robôs foram criados dentro da Vale pelos próprios empregados e são uma tecnologia em constante evolução", explica o pesquisador do ITV Gustavo Pessin. "O desenvolvimento é open-source, totalmente aberto do hardware ao software, e sua estrutura é modular. Tudo o que for desenvolvido pode ser usado em outros robôs e equipamentos, e adaptado para novas situações ou funcionalidades usando recursos dentro da própria Vale", concluiu.


Assista o video postado pela Vale em seu canal no You tube:


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