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Vale tem 33 barragens com declaração de condição de estabilidade negativa


A Vale tem 33 barragens no país sem declaração de condição de estabilidade (DCE) positiva. A situação é resultado de uma reavaliação feita pela empresa em 104 estruturas, que resultou na reprovação de 32 barragens em operações de minério de ferro e uma de metais básicos. Três dessas estruturas foram analisadas pela primeira vez em 2020. Já a Barragem VI da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), teve a DCE negativa de março reclassificada para positiva em setembro.

Segundo a mineradora, as estruturas foram reavaliadas com base na Portaria 70.389/2017 editada pelo então Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), atual Agência Nacional de Mineração (ANM), que criou o Cadastro Nacional de Barragens, e o modelo de "acompanhamento contínuo" das estruturas por engenheiro de registro (EoR, do inglês Engineer of Record), função implementada este ano na companhia.

Do total de barragens avaliadas, 95 são de operações de minerais ferrosos (71 tiveram DCEs positivas emitidas) e 11 de metais básicos (dez com DCEs positivas).

Ainda de acordo com a Vale, entre as estruturas com problema, dez estão em níveis dois ou três de emergência, com as respectivas zonas de autossalvamento (ZAS) evacuadas.

Entre elas está a barragem Xingu, da mina Alegria, em Mariana (MG), que teve o nível de emergência elevado para dois na terça-feira (29). A estrutura, antes considerada um "empilhamento drenado", foi reclassificada como barragem de rejeitos com método de alteamento a montante.

"Todas as barragens de rejeitos em nível dois ou três de emergência estão contempladas no plano de descaracterização da Vale", ressaltou a mineradora em comunicado.


As demais barragens sem DCEs positivas estão no nível um de emergência, que não requer evacuação da ZAS. Cinco delas, porém, perderam as DCEs positivas que haviam sido divulgadas no início do ano, além das três que foram avaliadas pela primeira vez em 2020 e não tiveram resultado positivo.

As avaliações, de acordo com a Vale, fazem parte do "aperfeiçoamento contínuo de seu Sistema de Gestão de Barragens (Tailings & Dams Management System, TMS)", ampliada com a implementação da função de EoR, que pode emitir ou retirar uma DCE "a qualquer momento, uma vez constatada a alteração na condição de segurança de alguma estrutura geotécnica".

"Tal medida é mais adequada à dinâmica de uma estrutura de disposição de rejeitos e reflete uma evolução nas práticas de avaliação de segurança de barragens da Vale", declarou a empresa.


Fonte: Notícias de Mineração do Brasil

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