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Vale retira metas de produção de níquel até 2023 e de cobre para 2021

A Vale suspendeu as faixas de meta de produção de níquel e de cobre. Segundo a mineradora, no caso do níquel a previsão foi retirada até 2023, enquanto a estimativa de cobre foi retirada para 2021 e que ambas estão “em revisão”.


A meta de produção de cobre para 2021 era de 360.000 a 390.000 toneladas, aumentando para 455.000 toneladas de 2022 a 2024 e para 500.000 toneladas em 2025. A previsão para a produção de níquel era de 200.000 toneladas de 2021 a 2023 e 220.000 toneladas de 2024 a 2025. Em fato relevante divulgado na noite de segunda-feira (19), a companhia afirmou que a decisão de suspender a metas de produção de níquel se deve a "incertezas" sobre o prazo para retomada das operações de Sudbury, no Canadá, paralisadas desde o início de junho por causa de uma greve dos funcionários. A mineradora registrou produção de 41,5 mil toneladas no segundo trimestre, uma queda de 14,3% em relação às 48,5 mil toneladas produzidas nos três meses anteriores. Em 2020, a Vale produziu 214,7 mil toneladas do metal. A queda no segundo trimestre ocorreu por causa da paralisação dos funcionários e de manutenção não programada na refinaria de níquel de Clydach, "que impactou a produção total proveniente do feed da PTVI", segundo a empresa informou em relatório trimestral também divulgado na segunda-feira. "Enquanto isso, a Vale implementou planos de contingência para preservar a integridade e a segurança das plantas e das minas", afirmou a empresa. Cobre No caso do cobre, de acordo com a mineradora, além da paralisação de Sudbury - onde foram produzidas 76,5 mil toneladas do metal no ano passado - a faixa de meta foi suspensa porque também há "incertezas" em relação ao ramp-up da implantação de "processos de segurança e manutenção" nas minas Salobo e Sossego, ambas no Pará. A produção do metal vermelho entre abril e junho foi de 73,5 mil toneladas, volume 3,9% inferior às 76,5 mil toneladas registradas no primeiro trimestre do ano. Em 2020, a Vale produziu 360,1 mil toneladas de cobre. Segundo a mineradora, o efeito da greve em Sudbury foi parcialmente compensado por um desempenho mais robusto em Salobo devido ao ramp-up das atividades de manutenção da mina e melhor desempenho nas operações do Sossego. Mas a Vale salientou que, devido a restrições impostas pela Covid-19 que "limitaram a mobilização de terceirizados", ela decidiu realizar somente as atividades críticas de manutenção no moinho semiautógeno (SAG) em Sossego no segundo trimestre. "Isto permitiu o adiamento de uma grande parte da manutenção do moinho SAG para 2022", afirmou. A Vale declarou que "espera melhorias na produção" a partir do segundo semestre. "Além disso, a movimentação da mina de Salobo está melhorando pela maior disponibilidade de equipamentos à medida que o ramp-up das oficinas de manutenção da mina continua. A movimentação total da mina de Salobo aumentou 31,2% no segundo trimestre em comparação ao primeiro trimestre, alcançando 8,4 Mt em junho. É esperado que a movimentação na mina continue melhorando no terceiro trimestre", completou.



Fonte: Notícias de Mineração do Brasil


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