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Vale investirá US$ 6 bilhões/ano em nova estratégia para produção de minério de ferro

Com nova estratégia, a companhia deixa em segundo plano a meta de chegar a um volume de produção de 400 mil t/ano.


A Vale quer se tornar uma líder mundial em soluções sustentáveis para apoiar a descarbonização da indústria siderúrgica, ao invés de ser apenas um fornecedor de minério de ferro. Assim, o foco estará mais na qualidade dos seus produtos, como forma de agregar valor, do que na quantidade. Foi o que anunciou Eduardo Bartolomeo, CEO da empresa, durante o Vale Day realizado na manhã do dia 7 de dezembro, em Nova Iorque.


Com essa nova estratégia, a companhia deixa em segundo plano a meta de chegar a um volume de produção de 400 mil t/ano. De acordo com fato relevante divulgado ao mercado, as metas de produção de minério de ferro passam a ser de 310 milhões t em 2022, passando a 310-320 milhões t em 2023, indo a 340-360 milhões t em 2026 e 360 milhões t em 2030. Em compensação, a Vale vai triplicar o seu volume de produção de pelotas e briquetes, que passará de 33 milhões para 100 milhões t em 2030.


De acordo com Marcelo Spinelli vice-presidente executivo de Ferrosos da companhia, o mundo vai continuar demandando aço, porém esse aço terá que ser cada vez mais “verde” e a Vale se prepara para liderar o atendimento dessa demanda, fornecendo produtos aglomerados (briquete verde) e pelotas, para eliminar sinterização e otimizar os altos fornos.


A Vale também se prepara para atender à demanda por metais básicos (níquel e cobre) gerada pela transição energética, tanto que as projeções da produção de níquel vão de 180 mil t, em 2022, para 300 mil t em 2030, o que significa que o seu volume de produção quase dobrará. Já no cobre, o objetivo é passar de 260 mil t, em 2022, para nada menos que 900 mil t em 2030. Nessas metas, o Brasil terá sua contribuição com expansão do projeto Onça-Puma, em níquel, novas expansões em Salobo e outros projetos na região de Carajás, no caso do cobre. Para expandir sua atuação no negócio de metais básicos, a Vale pretende atrair um sócio minoritário, com participação de até 10%. A ideia é que esses negócios sejam geridos a partir de estrutura diferenciada da Vale.


Nessa nova estratégia, a Vale também trabalha para reduzir o custo total (AISC). No minério de ferro, a ideia é baixar o custo de US$ 49/t, em 2022, para US$ 42/t em 2026. No níquel, a pretensão é levar o custo de US$ 13.000/t em 2022 para US$ 10.000/t em 2026, enquanto no cobre o custo deve cair de US$ 4.000/t em 2022 para US$ 2.600/t em 2026.


Para segurar esse crescimento, a empresa deve manter um nível elevado de Capex durante os próximos anos. As projeções indicam que o Capex passará de US$ 5,5 bilhões em 2022 para US$ 6,0 bilhões em 2023 e uma média anual entre US$ 6,0 bilhões a US$ 6,5 bilhões entre 2024 e 2027.


Uma área que terá fortes investimentos nos próximos anos é a da exploração mineral, já que estão previstos US$ 170 milhões em 2022, mais US$ 180 milhões em 2023, US$ 250 milhões em 2024, US$ 300 milhões em 2025 e US$ 350 milhões em 2026. O objetivo, com tais investimentos, é aumentar em pelos menos 25% os recursos e reservas durantes os próximos anos, principalmente de metais básicos.


Fonte: Brasil Mineral, assine e tenha acesso a um vasto conteúdo de notícias do setor mineral

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