O setor mineral brasileiro, excluindo petróleo e gás, registrou faturamento de R$ 75,2 bilhões no primeiro semestre de 2020, segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Apesar da pandemia causada pelo novo coronavírus, a receita da mineração brasileira no segundo semestre, de R$ 39,2 bilhões, apresentou crescimento de 9% em relação aos R$ 36 bilhões dos três primeiros meses do ano. O faturamento do semestre representa 49% da receita do setor em 2019, que somou R$ 153,4 bilhões, e a expectativa do Ibram é de que a receita em 2020 fique abaixo da registrada no ano passado. O minério de ferro lidera com folga a arrecadação do setor. No segundo semestre deste ano, o mineral registrou faturamento de R$ 23,2 bilhões, o que representa 59,3% do total. Em segundo lugar no faturamento, entre abril e junho, aparece o ouro, com R$ 5,3 bilhões, ou 13,7% do total, seguido pelo cobre, com R$ 3 bilhões (7,8%); alumínio, com R$ 1,2 bilhão (3,3%); calcário, com R$ 899 milhões (2,3%); e fosfato, com R$ 476 milhões (1,2%).
Estados No caso dos Estados, o Pará mais uma vez liderou o faturamento do setor mineral, com R$ 16,7 bilhões, o que representa 43% do total, seguido por Minas Gerais, que registrou receita de R$ 14,7 bilhões (37,6%). Em seguida aparecem a Bahia, onde o faturamento do setor no segundo trimestre chegou a R$ 1,3 bilhão (3,32%); Goiás, com R$ 1,2 bilhão (3,31%); São Paulo, com R$ 1 bilhão (2,69%); e Mato Grosso, com R$ 972 milhões (2,48%). "Se fizermos um corte dos principais estados mineradores, seis estados concentram 92% do faturamento total do setor mineral", observou o presidente do Ibram, Flávio Penido. "Isso demonstra basicamente que temos que investir mais em pesquisa mineral. Porque um país com essa extensão territorial, apenas dois estados concentram 82% é algo bastante indicativo", completou.
Fonte: Notícia de Mineração do Brasil
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