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Setembro Amarelo: tire dúvidas sobre a depressão, e aprenda como ajudar a salvar vidas

  • jurimarcosta
  • 4 de set.
  • 4 min de leitura

As causas da condição não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que ela pode ter raízes genéticas


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O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio e a promoção da saúde mental. A iniciativa busca desestigmatizar doenças mentais, incentivar o diálogo sobre questões emocionais e fornecer apoio àqueles que estão em sofrimento psicológico, em especial quem sofre de depressão.


Essa é ainda uma condição cercada de estigmas, o que acaba prejudicando ainda mais a procura pela ajuda médica e psicológica, como explica o psiquiatra Flávio Nascimento. “A depressão é uma doença e, como tal, é necessário um acompanhamento especializado para uma recuperação completa. Mas o preconceito acaba prejudicando a procura do paciente pelo tratamento adequado”.


Como diferenciar a depressão da tristeza?


“A tristeza é uma emoção normal e passageira, geralmente em resposta a eventos difíceis, e não interfere significativamente na vida diária. Já a depressão é um transtorno mental duradouro e debilitante, com sintomas como humor deprimido, perda de interesse ou prazer, alterações no sono e apetite, fadiga, dificuldade de concentração, sentimentos de culpa e pensamentos suicidas que estão presentes por pelo menos duas semanas e causam um impacto substancial nas atividades diárias. Para um diagnóstico adequado, é necessária a avaliação por um profissional de saúde mental”, recomenda Flávio


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Diferente da tristeza, depressão é um transtorno mental duradouro e debilitante - (crédito: Freepik)



Qual é a causa da depressão?


Apesar dos avanços que a ciência tem feito em entender melhor as causas da depressão, ainda há muito que se descobrir sobre a condição e os múltiplos fatores que a desencadeiam. “Uma das principais causas identificadas são alterações químicas no cérebro, principalmente com os neurotransmissores glutamato, dopamina, noradrenalina e serotonina, o que prejudica o equilíbrio emocional. Também existem evidências de que a condição possa ser genética (relacionado à neuroplasticidade e BDNF, por exemplo) com modificações nos circuitos cerebrais”, afirma o médico.



Estima-se que cerca de 14 mil pessoas tirem a própria vida anualmente no Brasil, um problema de saúde pública que pode atingir qualquer um, independentemente de classe social, idade, sexo ou orientação

sexual. O suicídio é a segunda principal causa de morte entre adolescentes de 15 a 19 anos e a quarta entre jovens de 20 a 29 anos.




Depressão tem cura?


“A depressão pode ser tratada. Apesar da possibilidade de que os sintomas retornem, com acompanhamento periódico, mudanças no estilo de vida e uma série de cuidados inclusos no tratamento, a condição pode ser controlada”, aponta o psiquiatra.


Se precisar, peça ajuda!”: o lema de 2025


Com ajuda, é mais fácil enfrentar os problemas que podem estar gerando uma ideação suicida.

A campanha deste ano reforça a importância de buscar apoio e identificar os sinais de que algo vai mal, agindo o quanto antes para evitar que a situação se agrave.


Além da ideação suicida propriamente dita, fique atento a outros sinais como:


  • Alterações em seus sentimentos e emoções, com mais episódios de ansiedade, tristeza, desesperança ou raiva;

  • Mudanças nos hábitos cotidianos, como perda de interesse em atividades que costumavam ser prazerosas;

  • Desinteresse e falta de perspectivas em relação ao futuro;

  • Você passou a negligenciar aspectos básicos de autocuidado, como se alimentar corretamente, tomar banho ou limpar a casa. Atenção também à interrupção do uso de algum medicamento para controle de transtorno de saúde mental;

  • Você está sentindo maior necessidade de consumir bebidas alcoólicas, drogas ou outras substâncias que parecem alterar seu humor.



Diante de qualquer sinal como os descritos acima, procure uma pessoa em quem você confie e possa estar disposta a ouvir e ajudar de alguma forma. Pode ser um familiar, um amigo, até mesmo um colega de trabalho . O mais importante é encontrar um canal aberto para esse diálogo, esse pode ser o primeiro passo para salvar a sua vida ou de alguém que você ama.


Faça uso, também, de recursos gratuitos, como a linha do Centro de Valorização da Vida (CVV), que pode ser acessada em todo país pelo número 188, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O CVV também pode ser pela chat https://cvv.org.br/chat/ ou pelo e-mail apoioemocional@cvv.org.br.



Sempre que possível, busque imediatamente orientação psicológica e psiquiátrica. Caso não faça acompanhamento rotineiro com esses profissionais, uma porta de entrada pode ser o Centro de Atenção Atenção Psicossocial (CAPS) mais próximo de sua casa. Consulte no site da prefeitura onde ficam os CAPS da sua cidade.


Como posso ajudar quem está precisando?



Exercer a escuta é fundamental para ajudar quem está convivendo com ideações suicidas. Sempre que requisitado, ofereça um ouvido amigo e faça o possível que a outra pessoa se sinta segura e entenda que pode contar com você.


Veja como conversar em adequadas situações



Além de estar aberto a acolher os pedidos de ajuda da outra pessoa, é fundamental fazer também um trabalho ativo para tentar identificar quando algo está errado.


Fique atento a frases e postagens que deem indícios diretos (como “não quero mais viver”) ou indiretos (“logo vocês não vão mais precisar se preocupar comigo”, por exemplo) de que alguém pode estar cogitando suicídio.


Observe também comportamentos e alterações de humor que são indicativos de alguém passando por períodos de sofrimento. Episódios de tristeza, raiva, apatia quanto a atividades que antes eram prazerosa ou hábitos como abuso de álcool e outras substâncias, negligência em relação ao próprio autocuidado e isolamento social são pontos de atenção.


Sempre que houver abertura, incentive a outra pessoa a procurar ajuda psicológica e psiquiátrica. O Ministério da Saúde também disponibiliza um Manual de Prevenção de Suicídio com outras informações valiosas para ajudar quem está sofrendo.


Origem do Setembro amarelo


O Setembro Amarelo passou a ser incorporado no calendário dos meses de conscientização no Brasil a partir de 2014, por meio de campanhas conjuntas da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). O mês foi escolhido para coincidir com o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que desde 2003 ocorre em 10 de setembro.


Mais informações sobre a campanha podem ser encontradas no site oficial.


Fonte: material retirados dos sites o Estado de Minas e Saúde Abril




 
 
 

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