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R$ 112 bilhões: Governo de MG recusa proposta da Samarco em acordo de reparação

O governo mineiro não concordou com as condições de pagamento da proposta e decidiu encerrar as negociações.



O Governo de Minas Gerais recusou a proposta de repactuação do acordo de reparação de danos do rompimento da barragem de Mariana, a 110 km de Belo Horizonte, e decidiu sair da mesa de negociação. O rompimento da barragem, ocorrido em 2015, resultou na morte de 19 pessoas e a poluição do Rio Doce, em Minas Gerais, até a foz, no Espírito Santo.


A proposta envolve R$ 112 bilhões para os estados de Minas Gerais e Espírito Santo repararem os estragos causados pelo rompimento da barragem de Fundão. Desse total, 38% seriam destinados ao estado do Espírito Santo e 62% para Minas Gerais. Mas as condições e prazos de pagamento propostos pela Samarco e suas controladoras, Vale e BHP Billiton, geraram o impasse.


As empresas queriam 20 anos para pagar a dívida socioambiental, dos quais 19% seriam pagos nos primeiros quatro anos, e 30%, nos últimos cinco anos do prazo. O governo mineiro não concordou com a proposta e decidiu encerrar as negociações, deixando o caso prosseguir na Justiça.


As negociações


Desde o último dia 24 de agosto, as mineradoras Vale, Samarco e BHP subiram o valor de indenização mais de uma vez e conseguiram chegar perto do valor mínimo exigido pelas partes.


As controladoras (Vale e BHP) alegam a “situação econômica da Samarco, atualmente em recuperação judicial”.


“Os aportes propostos pelas mineradoras inviabilizam a implantação contemporânea dos programas de transferência de renda aos atingidos para que possam retomar o protagonismo com dignidade de suas próprias vidas”, afirma uma fonte que participou das negociações.


A proposta do poder público é um desembolso decrescente, que começa com um valor maior e vai diminuindo no decorrer do prazo.


Procurada pela nossa reportagem, a Samarco preferiu não comentar o assunto.


Fonte: Revista Mineração.


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