Ao contrário de 2021, o estado de Minas Gerais ocupou a liderança no valor da produção mineral, com R$ 100,5 bilhões, seguido pelo Pará, com R$ 92,3 bilhões.
De acordo com estatísticas preliminares da ANM (Agência Nacional de Mineração), relativas à arrecadação da CFEM (Contribuição Financeira pela Exploração Mineral), a produção mineral brasileira alcançou um valor de R$ 250 bilhões em 2022, o que representa um decréscimo de aproximadamente 26% em relação ao valor produzido em 2021, que foi de R$ 339 bilhões, um recorde histórico. O minério de ferro, com R$ 153,5 bilhões, liderou a produção, seguido pelo ouro (R$ 23,9 bilhões), cobre (R$ 15,2 bilhões), calcário dolomítico (R$ 8,55 bilhões) e bauxita (R$ 5,66 bilhões). A queda no valor da produção deve-se principalmente aos menores preços do minério de ferro, que responde por mais de 60% do valor da produção mineral brasileira.
Ao contrário de 2021, o estado de Minas Gerais ocupou a liderança no valor da produção mineral, com R$ 100,5 bilhões, enquanto o Pará, que havia liderado a produção no ano anterior, colocou-se em segundo lugar, com R$ 92,3 bilhões. A lista dos cinco maiores estados produtores inclui ainda a Bahia (com R$ 10,1 bilhões), Goiás (R$ 9,04 bilhões) e São Paulo (R$ 7,8 bilhões).
Como decorrência da redução no valor da produção mineral, a arrecadação da CFEM também diminuiu, alcançando R$ 7,018 bilhões em 2022, contra R$ 10,3 bilhões em 2021, com uma queda de pouco mais de 30%. Os municípios paraenses de Parauapebas (R$ 1,385 bilhão) e Canaã dos Carajás (R$ 1,060 bilhão) lideraram a arrecadação, seguidos pelos municípios mineiros de Conceição do Mato Dentro (R$ 391,8 milhões), Itabirito (R$ 317,6 milhões) e Mariana (R$ 299,0 milhões).
A ascensão das DTVMs
Chama a atenção, nas estatísticas de arrecadação da CFEM em 2022, a ascensão das DTVMs (Distribidoras de Títulos e Valores Mobiliários), que negociam com ouro, principalmente aquele produzido nas frentes de garimpo. A Fênix, por exemplo, já ocupa a 9ª. posição entre os produtores minerais do Brasil, com um valor de R$ 2,8 bilhões, ficando atrás apenas de Vale, MBR, Anglo American, CSN Mineração, Salobo Metais, Kinross, AngloGold Ashanti e Mineração Usiminas. A F.D. Gold e a OM Distribuidora de Títulos e Valores, por sua vez, ocupam, respectivamente o 21º. e 22º. Lugares, com R$ 1,17 bilhão e R$ 1,14 bilhão.
Por Francisco Alves para o site da Brasil Mineral
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