Novo equipamento na unidade Vazante da Nexa foi desenvolvido pela Metso e otimiza a alimentação de moagem de minério.
Com objetivo de aumentar em 20% a capacidade produtiva, a Nexa e a Metso Outotec firmaram uma parceria que viabiliza um processo para otimizar a alimentação de moagem de minério da unidade de Vazante, em Minas Gerais.
O projeto substitui o moinho de bolas por um modelo desenvolvido exclusivamente para unidade, agregando inovação e tecnologia.
No primeiro mês de operação, o novo moinho contribuiu para que a unidade superasse todos os níveis de produção já registrados, atingindo 148.269 mil toneladas produzidas.
A nova solução desenvolvida pela Metso precisou atender dois desafios para concepção do novo moinho da unidade de Nexa: ser um moinho compacto e, ao mesmo tempo, com maior capacidade operacional.
“Foi um projeto desafiador, principalmente no aspecto de estrutura, já que o espaço para instalação era um fator limitador. A mudança era necessária para otimizar e aumentar taxa de alimentação de moagem”, explica o gerente de projetos da Nexa no Brasil, Fábio Rodrigues.
Além do aumento de capacidade produtiva, o novo moinho proporciona maior facilidade de operação e manutenção.
“A robustez do equipamento possibilita a elaboração de planos de produção mais estáveis e confiáveis, garantindo as entregas previstas pela unidade. Com a junção da instrumentação e de controles presentes no novo equipamento, é possível planejar e preparar melhor possíveis intervenções, além de atingir uma estabilidade operacional mais consistente”, completa Rodrigues.
Desenvolvimento e montagem
A parceria entre as empresas permitiu a realização de serviços especializados de desmontagem, montagem, comissionamento, testes e operação assistida do novo moinho instalado.
O gestor de contratos da Metso, Fábio Watanabe, avalia que o desenvolvimento do novo equipamento só foi possível com a atuação em conjunto das duas empresas.
“Para garantir uma equipe integrada e assegurar alinhamento no conhecimento das atividades de montagem, realizamos uma apresentação conduzida pelo engenheiro supervisor de montagem, complementando os detalhes fornecidos nos desenhos e no manual de instalação, operação e manutenção”, destaca Watanabe.
Segundo ele, esse é um procedimento da Metso para difundir as informações técnicas, os cuidados necessários e os alertas que devem ser aplicados no planejamento e no procedimento executivo das atividades de instalação em campo.
“Lidamos com moinhos horizontais, geralmente de grande porte, que apesar de robustos exigem tolerância e ajustes finos que precisam e devem ser rigorosamente verificados durante as etapas da montagem”, explica Watanabe. “Sem isso, não é possível assegurar a qualidade técnica da montagem, podendo comprometer a performance e a vida útil esperadas”, completa.
Na prática, o processo citado pelo especialista envolve o alinhamento entre as equipes, principalmente para que o time de montagem, a partir do entendimento relativo à tecnologia e requisitos especificados pelo fabricante, execute as atividades sem desvios técnicos.
“No projeto da Nexa, mesmo a montagem sendo realizada pela equipe de serviços da própria Metso, detentora da tecnologia, não deixamos de realizar a reunião prévia ao início dos trabalhos de execução da obra, para esclarecer dúvidas e nivelar conhecimento, alinhar expectativas e agregar valor à montagem, comissionamento e testes, além da própria operação assistida”, complementa.
De acordo com Watanabe, esse alinhamento e empenho da equipe permitiu a entrega e liberação do equipamento testado para o cliente e a retomada imediata da operação da planta no prazo previsto
Fonte: Revista Mineração & Sustentabilidade
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