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Morro Verde pode investir até R$ 1 bi para ser carbono neutro

A Morro Verde quer ser a primeira empresa brasileira de fertilizantes carbono neutro até 2025



A Morro Verde quer ser a primeira empresa brasileira de fertilizantes carbono neutro até 2025. A companhia já tem pegada de carbono 90% inferior às outras alternativas de mercado e, desta forma, quer gerar valor significativo em créditos de carbono e posicionamento para os clientes. Atualmente, a Morro Verde audita o seu inventário de carbono para poder gerar os créditos necessários junto a estas empresas, além de reduzir a pegada de carbono para aumentar a capacidade de descarbonização de seus produtos.

Dentre outras ações adotadas pela mineradora estão transição energética para matrizes sustentáveis, conclusão da primeira fase de investimentos para implementação de um biodigestor, linhas de distribuição e adequações de instalações elétricas, conectando parte da demanda de sua principal unidade com o Sistema Interligado Nacional.

"A Morro Verde é referência na produção de fertilizantes sustentáveis feitos para a agricultura de baixo carbono do século 21, o equilíbrio entre ecossistemas e a regeneração dos nossos solos e relação produção – consumo está em nossa essência. Neste contexto a produção de fertilizantes nacionais, aptos para agricultura regenerativa, transição energética e descarbonização que o mundo tanto almeja, formam parte de nosso plano estratégico e ações implementadas", disse Felipe Holzhacker Alves, Presidente do Conselho de Administração da Morro Verde.

O Conselho de Administração da Morro Verde já aprovou o investimento para implantar usina própria de energia renovável na produção de biogás com capacidade de armazenamento próprio e objetivo de suprir 100% das demandas energéticas da empresa. A empresa realiza também a transição para equipamentos móveis (como caminhões, escavadeiras, pás-carregadeiras etc) movidos a biogás e negocia com os fornecedores para adequação da frota ao longo dos próximos anos.

O terceiro ponto é o Projeto Córrego do Prata, no qual a Morro Verde, desde 2017, realiza a recuperação de áreas degradadas e matas ciliares dos principais rios da região de sua operação. "Trabalhamos em conjunto com Ministério Público e Poder Executivo e mais de 45 mil mudas e árvores foram plantadas, auxiliando na regularização ambiental e fundiária de pequenos produtores locais. A empresa pretende ampliar esse programa para novas áreas, focando na recuperação de áreas de APP e criando novas áreas protegidas", destaca Fabiana Hartmann, Gerente de Sustentabilidade da Morro Verde. Para além das obrigações legais e regulamentares, a Morro Verde está realizando levantamentos no seu entorno para identificação de áreas de floresta nativa que possam servir como corredores ecológicos de preservação da biodiversidade, estruturando isso em projetos elegíveis a geração de créditos de carbono.

Os fornecedores da Morro Verde – agentes fomentadores da descarbonização da agricultura e fertilizantes, estarão aptos a produzir produtos de baixa intensidade de carbono. “As usinas sucroenergéticas produtoras de biocombustíveis são participantes prioritários de nossa iniciativa de carbono neutro, uma vez que há o programa RenovaBio e que mais de 40% das vendas da Morro Verde são para grandes grupos sucroenergéticos nacionais e multinacionais. Esses clientes já estão inclusive se beneficiando da pegada de carbono menor dos fertilizantes Morro Verde, tendo a possibilidade de monetizá-los através de Cbios”, comenta Edvaldo Guimaraes, Diretor Comercial da Morro Verde. Ele explica que há três alternativas de comercialização, sendo que uma delas é por meio do programa RenovaBio, já vigente. Outros clientes são empresas produtoras de alimentos e produtos de baixa intensidade de carbono. Iniciativas como o “UE 2030 Climate Target Plan”, chancelado pela União Europeia, já estão norteando que, em um futuro próximo, diversos produtos que consumimos como carne, trigo (farinha) e roupa (algodão) terão quantificadas sua intensidade de carbono e deverão respeitar limites estabelecidos. Há ainda os fundos e grupos internacionais que atuam ativamente no mercado financeiro de descarbonização, comprando crédito em formato de royalty ou mesmo “streaming de créditos de carbono”.

Com base na capacidade produtiva atual da Morro Verde, de 1 milhão de toneladas anuais de fertilizantes e projeto de neutralização completa, a companhia estima retirar do mercado 2 milhões de toneladas de carbono equivalente por ano. “Considerando o valor médio das negociações de Cbios do 1º trimestre de 2023 de R$ 90/t, estamos falando de R$ 180 milhões anuais em potencial de créditos ao produtor. Se considerarmos mercado voluntário de até US$ 200/t na Europa e Estados Unidos, a Morro Verde como agente descarbonizador da cadeia de fertilizantes e agrícola tem potencial de atingir mais de US$ 400 milhões anuais”, pontua Felipe Holzhacker.

A Morro Verde já investiu mais de R$ 150 milhões no projeto e calcula um aporte adicional de R$ 750 milhões a R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos, com a visão de fornecer ao mercado brasileiro mais de 1,5 milhão de toneladas de fertilizantes sustentáveis carbono neutro. Atualmente a Morro Verde tem no portfólio de produtos fertilizantes de fosfato, potássio, calcário agrícola e magnésio. Além de ampliação da capacidade produtiva dos produtos existentes, já está em andamento o desenvolvimento de indústria para produção de 45.000 toneladas de amônia verde e hidrogênio, assim fechando ciclo completo de NPKs 100% sustentáveis e com baixa pegada de carbono.

Segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), cerca de 85% dos fertilizantes utilizados em 2021 nas lavouras brasileiras eram importados. Neste mesmo ano, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) afirma que a importação de fertilizantes, realizadas pelos produtores brasileiros, foi recorde, com 41,6 milhões de toneladas.


Fonte: Brasil Mineral

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