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Mineração de oceano profundo: no fundo dos oceanos existem trilhões de dólares em riquezas minerais, como lítio e cobalto

  • jurimarcosta
  • 31 de jul. de 2024
  • 3 min de leitura

O futuro incerto da mineração de oceano profundo, será que os três trilhões em metais no fundo do mar valem o risco ambiental?


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Imagina só, tem trilhões de dólares em metais raros e preciosos lá no fundo do oceano, mais do que qualquer mina em terra firme. Recentemente, a ideia de explorar essa riqueza através da mineração de oceano profundo vem ganhando força, principalmente depois da descoberta dos nódulos polimetálicos na Zona de Clarion-Clipperton. Esses nódulos contêm metais como lítio e cobalto, essenciais para baterias de carros elétricos. Mas será que é possível extrair essa riqueza sem causar danos ao meio ambiente?

A história começa lá em 1872, quando o HMS Challenger partiu do Reino Unido em uma expedição que mudou nossa compreensão dos oceanos. Entre diversas descobertas, os cientistas encontraram nódulos polimetálicos ricos em manganês, ferro, níquel, cobre, e cobalto, além de traços de lítio. Esses metais são vitais para a tecnologia moderna, especialmente para a produção de baterias e veículos elétricos.


Zona de Clarion-Clipperton


A Zona de Clarion-Clipperton, uma área no Oceano Pacífico, é especialmente rica nesses nódulos. Estima-se que ela tenha até três vezes mais cobalto e níquel do que todas as reservas terrestres combinadas. Isso faz da mineração de oceano profundo uma perspectiva extremamente lucrativa. Mas aí é que mora o problema: ninguém sabe ao certo quais seriam os impactos ambientais dessa atividade.


Mineração de oceano profundo sem considerar o impacto ambiental é pura irresponsabilidade



Vamos ser sinceros, falar de mineração de oceano profundo sem considerar o impacto ambiental é pura irresponsabilidade. Até hoje, conhecemos muito pouco sobre o fundo do mar. A ideia de perturbar ecossistemas que mal compreendemos é preocupante. E os possíveis danos não são pequenos.


Um dos principais riscos é a criação de nuvens de sedimentos, que podem se espalhar por quilômetros e afetar organismos marinhos distantes da área minerada. Além disso, a remoção dos nódulos pode destruir habitats essenciais para muitas espécies. É quase certo que mexer com esses ecossistemas pode ter consequências imprevisíveis e potencialmente catastróficas.


Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA)


A exploração dos oceanos é regulamentada pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA), que supostamente deveria garantir que as atividades beneficiem toda a humanidade. Mas, na prática, a coisa é bem mais complicada. Apesar de existirem 31 contratos de exploração ativos pelo mundo, a mineração de oceano profundo ainda não começou em larga escala. E talvez seja melhor assim.


De acordo com especialistas, a resposta é um sonoronão


Será que vale mesmo a pena apostar na mineração de oceano profundo? De acordo com especialistas, a resposta é um sonoro “não”. Em vez de destruir ecossistemas únicos, deveríamos focar em reciclar materiais que já temos. Até 95% dos componentes de uma bateria podem ser reciclados, incluindo lítio e cobalto. Investir em tecnologias de reciclagem e prolongar a vida útil dos produtos eletrônicos é uma alternativa muito mais sensata e sustentável.


Riqueza incrível no fundo do mar que poderia impulsionar a revolução tecnológica


A verdade é que estamos diante de um dilema. Por um lado, temos uma riqueza incrível no fundo do mar que poderia impulsionar a revolução tecnológica. Por outro, os riscos ambientais são gigantescos e mal compreendidos. Antes de embarcar nessa nova corrida do ouro submersa, precisamos pensar seriamente nas consequências. A solução pode não estar em explorar mais, mas sim em utilizar melhor o que já temos.


Enquanto isso, a mineração de oceano profundo permanece como uma promessa tentadora, mas perigosa. E nós, como humanidade, temos que decidir se vamos repetir os erros do passado ou se vamos aprender a valorizar e proteger nosso planeta. Afinal, será que vale a pena sacrificar o desconhecido pelo conhecido? E você, o que acha?




Fonte: Click petróleo e gás

 
 
 

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