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Meteoric inaugura planta-piloto e avança no projeto Caldeira

  • jurimarcosta
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura

A unidade recebeu investimento de aproximadamente 1,5 milhão de dólares australianos e serão produzidos 455 kg de carbonato de terras raras por ano.

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A Metoric inaugurou, em 12 de dezembro, a planta-piloto de processamento de terras raras do Projeto Caldeira. O laboratório está instalado no Centro de Inovação e Pesquisa da empresa, em Poços de Caldas (MG), e representa um dos passos mais importantes para o desenvolvimento da futura operação em Caldas (MG). A planta-piloto terá capacidade para processar 25 kg de argila iônica por hora e inclui todas as etapas necessárias para transformar o minério extraído em carbonato misto de terras raras, incluindo lixiviação, remoção de impurezas, circuito CCD, precipitação e filtração.


A estrutura permite à Meteoric validar em escala real o processo de produção de terras raras, considerado um material estratégico para setores de alta tecnologia e também para a transição energética. A expectativa é que a primeira produção seja feita ainda neste ano, uma vez que a conclusão dos comissionamentos aconteceu entre outubro e novembro. “Esta inauguração é muito mais do que o início da operação da planta. É um marco para a Meteoric e para a cadeia de materiais críticos no Brasil. Estamos entrando em uma nova fase do Projeto Caldeira, agora com dados concretos que irão embasar o estudo de viabilidade e abrir portas para futuros parceiros comerciais”, afirma Stuart Gale, CEO da Meteoric.


Durante os últimos meses, a Meteoric concluiu todo o treinamento da equipe responsável pela operação e testou integralmente cada etapa do processo. A planta-piloto também será usada para aprofundar estudos de rotas de separação de terras raras, como extração por solventes e novas tecnologias que podem ampliar a capacidade de agregar valor ao produto no País. A unidade recebeu investimento de aproximadamente 1,5 milhão de dólares australianos e serão produzidos 455 kg de carbonato de terras raras por ano. Os dados gerados pela planta serão incorporados ao Estudo de Viabilidade Definitivo, etapa decisiva para a implantação da planta industrial. O Projeto Caldeira tem como objetivo produzir concentrado de terras raras para atender às necessidades de produtos utilizados na transição energética e tecnologias modernas. Esses materiais são utilizados na fabricação de diversos produtos como telas de celulares, computadores e notebooks, equipamentos médicos e odontológicos, ímãs especiais, motores de carros elétricos e de geradores de energia eólica, entre outros.


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De acordo com Marcelo Carvalho, Diretor Executivo da Meteoric Brasil, a empresa espera receber a Licença Prévia até o final de janeiro de 2026 e a Licença de Instalação seis meses depois. Com isso, a empresa estaria pronta para iniciar a construção, que deve demorar de 18 a 24 meses, o que permitiria à empresa produzir a partir do segundo semestre de 2028.


Em termos de funding para o projeto, Carvalho diz que a Meteoric tem conversado com o governo americano, União Europeia, BNDES e bancos de desenvolvimento de outros países. A empresa já tem uma carta do Eximbank americano, de US$ 250 milhões que pode utilizar ou não, vai obter outra agora da EFIC da Australia e está conversando com diversos bancos brasileiros.


O capex previsto é de US$ 450 milhões e a pretensão é estruturar o financiamento 60% em dívida e 40% em equity. “Mas temos plena convicção de que o projeto é financiável, porque os números do projeto mostram que ele é excelente”, diz Carvalho, acrescentando que a ideia é financiar grande parte do projeto no Brasil, porque isso facilita que a verticalização ocorra no País, já que o financiamento externo implica em contrato de off-take o que significa exportar carbonato de terras raras que, embora já seja um produtor processado, faz com que o Brasil perca a oportunidade de verticalizar ainda mais.



O diretor explica que a jazida da Meteoric é a que tem maior teor no mundo em termos de argilas iônicas. Com 6 milhões de toneladas processadas, vamos produzir 14 mil toneladas de óxidos de terras raras totais, sendo 150 toneladas de disprósio e térbio, que é mais ou menos a demanda atual europeia. “Na fase 1, conseguiremos produzir 10% da demanda global”, finaliza Marcelo Carvalho”.



Fonte: Brasil mineral

 
 
 

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