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Mecanizando a perfuração e inserção de tirantes em maciço rochoso na Ferbasa de Andorinha



O presente trabalho tem origem na mina Ipueira, pertencente à Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa), que se localiza no município de Andorinha (BA) – mina subterrânea que atua na extração de Cromita, utilizando dos métodos de lavra Sublevel Caving e Sublevel Open Stoping.

Com o intuito de elevar a eficiência e a segurança na atividade de CableBolting na mineração subterrânea, foi realizado, pela equipe técnica, um estudo operacional e de viabilidade econômica, buscando aperfeiçoar a instalação de suporte na rocha, por meio de um cabeamento mecanizado. São diversos os pontos positivos gerados pela mecanização na implantação de cabos, tais como: segurança operacional, maior produtividade, redução dos riscos ergonômicos, melhor qualidade e redução de custos. Neste projeto, foi utilizado um Fandrill modelo Cabletec M –Epiroc, para realizar a perfuração e o cabeamento simultaneamente, sendo o equipamento inédito no Brasil com esta concepção.


OBJETIVO

O objetivo deste projeto é intensificar a aplicação de cabos mecanizada a partir da utilização do Fandrill modelo Cabletec M – Epiroc, que permite a perfuração e o cabeamento on time simultâneos, com a redução da exposição humana, ganho da produtividade, aumento da segurança, maior qualidade operacional e redução de custos, tornando o EVTE ainda mais favorável. Este projeto está dividido em duas etapas, tendo sido a primeira iniciada em fevereiro do corrente ano e marcada pela curva de aprendizado do sistema da máquina e condicionantes operacionais, com consolidação prevista para o segundo semestre de 2023.


METODOLOGIA

Considerando os custos envolvidos na operação de instalação de suporte mecanizada e manual, subdividem-se por área as despesas em cada metodologia de aplicação do suporte. Os custos representativos que devem ser analisados são: insumos, manutenção, equipamentos e mão de obra. Inicialmente, foi realizado estudo de viabilidade técnica e econômica de aquisição do Cabletec M (figura 1), de modo a identificar as possibilidades, desafios e ganhos possíveis com o investimento. Durante a fase de desenvolvimento, está sendo acompanhada a aderência da execução do projeto em relação ao estudo, de modo a verificar a curva de aprendizado da operação, o comportamento de manutenção e os aspectos produtivos da máquina, de modo a levantar dados que respaldem eventual ampliação da mecanização com este modelo operacional.

Além disso, a análise inicial fundamentou, ainda na fase de implementação, a redução de seis para quatro equipes no cabeamento manual durante o primeiro ano, com a redução de uma terceira equipe prevista dentro da curva Ramp-Up do projeto. Dentro dos resultados já obtidos na fase inicial da execução do projeto, observou-se rápida curva de aprendizado operacional, seguida pela disciplina de manutenção.

Na área produtiva, é nítido o ganho fornecido pelo dinamismo da operação simultânea, sendo este um importante aliado nos números de cabos inseridos na rocha, com elevada eficiência. Qualitativamente, observa-se a ausência de retrabalho na abertura de furos em zonas de maciço pobre, uma vez que o cabeamento é realizado simultâneo à perfuração. É notório, também, o êxito na segurança, uma vez que a exposição é eliminada, graças a uma operação embarcada e em virtude da eliminação dos aspectos ergonômicos da operação manual. Dentro do contexto financeiro, é esperado um saving na ordem de 1,1M (R$/ano), graças ao incremento produtivo ligado à operação mecanizada, a redução das equipes e dos equipamentos ligados à operação manual e aos compromissos de produção já previstos para 2024.


AUTORES: Eriberto do Nascimento Leite – Diretor de Mineração, Wanderley Lins de Oliveira – Diretor de Geologia e Mineração, Wellington Wanderley de Moura Alcântara – Superintendente de Mineração, Homero José L. Sarmento – Assessor técnico de Operações, Carlos, Vinicius Gonçalves Ribeiro – Gerente de Lavra e Desenvolvimento, Gleyser Átilla Victor Ribeiro – Coordenador de Lavra, Cícero Siqueira Lima Junior – Coordenador de Desenvolvimento, Lucas Ferreira Alencar Silva – Engenheiro de Minas, Helder Lopes – Engenheiro Mecânico, Josimar Morgado de Oliveira – Supervisor de Mina, William Sodré Cardoso de Araújo – Supervisor de Manutenção e Carlos Hiego Oliveira Santos – Estagiário Eng. de Minas, todos da Ferbasa


Fonte: Revista Minerios & minerales

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