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Mato Grosso do Sul prevê investimentos de R$ 5 bilhões na mineração até 2024

Investimentos são de empresas minerais de agregados, ferro, manganês, cobre, calcários, fosfatos, rochas ornamentais, água mineral e remineralizadores.




Os investimentos de mineradoras em exploração, ampliação e prospecção em Mato Grosso do Sul deverão superar R$ 5 bilhões nos próximos dois anos, estimou a Secretaria de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro), nesta quinta-feira (04/08). O Estado possui grandes reservas minerais nas regiões de Corumbá, Ladário, Miranda, Bodoquena, Bonito e Porto Murtinho.


A previsão tem como base informações obtidas junto às empresas minerais de agregados, ferro, manganês, cobre, calcários, fosfatos, rochas ornamentais, água mineral e remineralizadores (usado como fertilizantes, e de suma importância para uma agricultura sustentável).


O secretário Executivo da MS Mineral, Eduardo Pereira, destaca que o governo estadual está muito confiante nos investimentos das mineradoras existentes e as novas empresas que estão chegando. “No Estado, estas empresas podem injetar US$ 1 bilhão no período de 2022 a 2024. Um deles o antigo Complexo Centro Oeste da Vale, que produziu em média 2,7 milhões de toneladas/ano, e agora controlada pelo Fundo J&F, poderá aumentar a extração deste mineral para 3,5 milhões já no primeiro ano, para atender o aumento da demanda nacional e internacional”, afirmou.


Segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), até julho deste ano, foram emitidas 72 requisições de pesquisa e 21 alvarás de pesquisas e, até maio, foram 10 requerimentos de licenciamento no estado.


O secretário Jaime Verruck está otimista com as oportunidades no setor. “Estamos muito confiantes nestes investimentos. Temos a maior reserva de manganês do País, a 2ª maior reserva de calcários e a 3ª maior reserva de ferro de alto teor. Isso atrai investimentos nacional e internacional”, destacou.

Para ele o Estado tem uma posição estratégica de logística e possui grandes projetos em andamento nos modais de transporte. “Estamos em parceria com o Paraguai, Argentina e Chile na construção da Rota Bioceânica, que vai encurtar o caminho para a Ásia em 15 dias. Temos investido muito na logística, construindo novas rodovias, portos e estamos reorganizando o sistema ferroviário, o que nos tornará muito competitivos no mercado nacional e internacional”, ressaltou Verruck.


No Brasil, os investimentos da indústria de mineração somam US$ 40,44 bilhões no período de 2022 a 2026, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).


Segundo o geólogo Luís Antônio Vessani, diretor do Ibram e CEO da Edem Mineração, a maior parte dos investimentos, ou 54%, é referente a aportes que ainda estão programados, enquanto 46% do montante se referem a projetos já em execução. Pouco mais de 10% dos investimentos são em projetos socioambientais para o quinquênio.


Minério de Ferro

O Estado detém a terceira maior reserva de minério de ferro de alto teor do Brasil nos municípios de Corumbá e Ladário. Os investimentos em minério de ferro estão estimados em aproximadamente em US$ 450 milhões, sendo US$ 400 milhões em novos projetos e ampliação das estruturas existentes e R$ 50 milhões em pesquisas e prospecção de novas áreas mineralizadas. Hoje atuam no Estado as empresas: Vale (J&F), Vetorial, 3ª Mining e MPP Mineração.


Minério de Manganês

O MS tem a maior reserva do Brasil em manganês de alto teor acima de 44%, nos municípios de Corumbá e Ladário. Hoje temos a Vale que suspendeu as operações de manganês, mas que a nova controladora da Vale Centro Oeste, a J&F, deverá voltar a explorar e pesquisar novas áreas mineralizadas dentro de seus requerimentos. As empresas MPP Mineração e 3A Mining vão pesquisar em seus requerimentos no Morro Tromba dos Macacos e no Morro do Rabicho, com investimentos previstos de US$ 50 milhões para pesquisas (geofísica e sondagens) e extração do mineral.


Cobre


Atualmente o Estado conta com vários requerimentos na região de Porto Murtinho, que juntos somam mais de 15 mil hectares de áreas a serem prospectadas e pesquisadas nos Terrenos de Domínio Rio Apa, com investimentos aproximados de US$ 30 milhões.


Rochas Ornamentais


O setor tem várias empresas com requerimento de pesquisas e outras já explorando mármores, quartzitos e granitos, nos municípios de Porto Murtinho, Bonito, Bodoquena, Miranda, Ladário e Corumbá, com investimentos em pesquisas, instalações e extração de US$ 100 milhões.


Fosfato


Na Serra da Bodoquena, o MS conta com reservas de fosfato com teores médio de 12% a 18%, com investimentos iniciais na ordem de US$ 50 milhões em prospecção, pesquisas, extração e ampliação de estruturas existentes. Existem atualmente mais de 100 mil hectares de áreas sendo pesquisadas e a pesquisar, nos municípios de Miranda, Bodoquena e Bonito, além dos mais de 80 milhões de toneladas de fosfato medida nas jazidas da empresa Edem Mineração, que tornam o Estado autossuficiente neste fertilizante.


Calcários Calcíticos e Dolomíticos


O Estado tem a segunda maior reserva de calcário do Brasil, de suma importância para o agronegócio sul mato-grossense, e abriga também duas fábricas em operação da indústria cimenteira (Bodoquena e Corumbá), e uma outra planta industrial em processo de investimento no município de Bela Vista. Investimentos da ordem de US$ 180 milhões.


Agregados da Construção Civil


Argila, Areia, Cascalho e Brita têm vários projetos em estruturação, com investimentos em pesquisas, prospecção e extração na ordem de US$ 10 milhões.


Água mineral


Nas cidades de Itaquirai e Bela Vista, há duas novas empresas em instalação de extração, envasamento e distribuição de água mineral, com investimentos de US$ de 5 milhões.


Remineralizadores


São rochas silicáticas moídas que quando adicionados ao solo, podem melhorar as propriedades físicas e biológicas do solo, e são usadas na agricultura, silvicultura e na pecuária. MS tem vários projetos sendo estruturados e remodelados para atender a demanda dos produtores por um produto sustentável. São investimentos previstos em prospecção, pesquisa e extração, na ordem de US$ 130 milhões, nos municípios de Dourados, Terenos, Inocência e São Gabriel do Oeste.



Fonte: Revista Mineração

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