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Lula anuncia conselho para minerais críticos em meio a tensão com os EUA

  • jurimarcosta
  • 3 de set.
  • 2 min de leitura

Em evento sobre biocombustíveis em Minas, presidente defende controle nacional sobre as terras raras


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Por Ricardo Lima


Durante a inauguração do centro de tecnologia da Acelen Agripark, voltado à produção de biocombustíveis a partir da macaúba, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a criação de um conselho ligado à Presidência para tratar da exploração de minerais críticos e terras raras. O evento, realizado nesta sexta-feira (29), reuniu ministros e investidores em um momento estratégico para o Brasil no cenário geopolítico.


A medida surge em meio ao crescente interesse internacional pelas reservas brasileiras de minerais estratégicos, especialmente por parte dos Estados Unidos, que buscam reduzir sua dependência da China. O Brasil, que segundo o Serviço Geológico dos EUA detém a segunda maior reserva mundial de terras raras, entra no centro das discussões sobre soberania e controle de recursos naturais.

"Ninguém vai colocar o dedo nos nossos minerais críticos ou terras raras. Se quiserem, venham aqui comprar ou venham produzir aqui"

Luiz Inácio Lula da Silva – Presidente


Tensão comercial com os EUA


O anúncio ocorre em meio a um impasse diplomático com os Estados Unidos, que desde 6 de agosto impuseram uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, vista como uma pressão comercial, reacendeu o debate sobre a autonomia brasileira na gestão de seus recursos estratégicos. Lula afirma que qualquer exploração de minerais críticos será feita sob controle nacional, e que o país não aceitará acordos que comprometam sua soberania. A criação do conselho é interpretada como uma resposta à tentativa de influência externa sobre o setor mineral.


Terras raras


Terras raras são um grupo de 17 elementos químicos essenciais para a fabricação de tecnologias avançadas, como baterias, turbinas eólicas, carros elétricos, chips de computadores e equipamentos militares. A China domina a cadeia global de processamento, o que torna países com reservas — como o Brasil — peças-chave na disputa por autonomia tecnológica e energética. A criação de um conselho nacional pode representar um passo estratégico para o país assumir protagonismo nesse setor.



Fonte: Mineral Brasil

 
 
 

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