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Lucro da Vale de R$ 30,5 bi no primeiro trimestre é 3000% maior ano a ano

A Vale registrou um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 30,56 bilhões no primeiro trimestre, montante que representa um crescimento de 3.006% na comparação com os R$ 984 milhões relatados pela companhia no mesmo período de 2020. Os ganhos dos três primeiros meses do ano superaram, inclusive, todo o lucro líquido do ano passado, de R$ 26,71 bilhões.


A companhia também relatou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 45,74 bilhões e um Ebitda ajustado "proforma" (que exclui despesas com o desastre de Brumadinho e doações relacionadas à Covid-19) de R$ 46,38 bilhões no 1T21.

O resultado é recorde para este período do ano e, segundo a empresa afirma em relatório divulgado na noite de segunda-feira (26), foi obtido devido aos preços mais altos das commodities apesar de "volumes sazonalmente menores".

Já a receita líquida do primeiro trimestre foi de R$ 69.3 bilhões entre janeiro e março passados, um aumento de 121,8% quando comparada com a receita de R$ 31,25 bilhões do mesmo período de 2020 e 21,2% menor em relação aos R$ 78.94 bilhões dos três últimos meses do ano.

A Vale registrou vendas de 59,3 milhões de toneladas de minério de ferro no primeiro trimestre de 2021, um crescimento de 14,8% em relação aos 51,66 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado, mas uma queda de 28,4% sobre os 82,83 milhões de toneladas vendidos no quarto trimestre.

No caso do lucro líquido, o resultado dos três primeiros meses do ano representa aumento de 533,5% sobre os R$ 4,83 bilhões do trimestre anterior, o que a Vale atribuiu a despesas com reparação dos danos com o rompimento da barragem de Brumadinho (MG) e impairment nos ativos dos negócios de níquel e carvão no fim de 2020, além de maior resultado financeiro, "apesar do impacto da desvalorização do real frente ao dólar em 9,6% na marcação a mercado de nossas posições de derivativos".


A dívida bruta da companhia no 1T21 ficou em R$ 12,72 bilhões, contra R$ 17,06 bilhões no mesmo período de 2020 e de R$ 13,36 no 4T21. A dívida líquida totalizou US$ 2,136 bilhões negativos no mesmo período, com um aumento de US$ 1,238 bilhão em relação ao 4T20.

"Estou confiante de que nossos resultados financeiros positivos refletem nossa consistência no cumprimento de nossas promessas do de-risking da Vale", declarou o diretor-presidente da empresa, Eduardo Bartolomeo. "Concluímos a venda de nossas operações da Vale Nova Caledônia, um marco importante no desinvestimento de ativos non-core e, logo em seguida, nosso Conselho de Administração aprovou um programa de recompra de ações demonstrando a confiança da administração no potencial da Vale de criar e compartilhar de forma consistente valor." acrescentou.

Segmentos

De acordo com a Vale, o Ebitda do 1T21 foi 253,9% superior aos R$ 12,92 bilhões do 1T20 e 94,7% maior em relação aos R$ 23,49 bilhões dos últimos três meses do ano passado.

No relatório trimestral, a mineradora afirma que o desempenho foi resultado de uma série de fatores. Entre eles está o Ebitda de minerais ferrosos de R$ 42,79 bilhões no 1T21. O valor ficou R$ 4,077 bilhões abaixo do 4T20 "devido a volumes sazonalmente menores (R$ 14,34 bilhões), que foram parcialmente compensados por preços realizados mais elevados (R$ 10,16 bilhões)".

Mesmo com a queda sobre o fim de 2020, o Ebitda de ferrosos, conforme a Vale, é "recorde para um primeiro trimestre".

Isto porque, segundo a mineradora, o preço médio de referência CFR foi de US$ 171,1 a tonelada, e o preço médio realizado CFR/FOB da Vale foi de US$ 155,5/t, um aumento de US$ 24,8/t em comparação com o 4T20, "principalmente devido ao maior preço de referência de 62% Fe"

Já o índice MB65% médio foi de US$ 191,2/dmt no 1T21, 31% acima do 4T20. "O spread entre a média do MB65% e o preço de referência do minério de ferro 62% aumentou ainda mais para cerca de US$ 24,3/t refletindo a busca por produtividade das siderúrgicas em um ambiente de altos preços do carvão na China, altas margens do aço e escassez de minério de alta qualidade", declarou a empresa.

De acordo com a Vale, o Ebitda de metais básicos foi de R$ 5,528 bilhões no 1T21, R$ 751 milhões abaixo dos que o 4T20; o Ebitda do carvão atingiu R$ 880 milhões negativos, um aumento de R$ 690 milhões sobre o trimestre anterior; e o Ebitda de outros melhorou em R$ 1,807 bilhão, "principalmente devido a provisão para desmobilização de ativos no 4T20".


Fonte: Notícias de Mineração do Brasil

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