A Horizonte Minerals contratou a consultoria global Ramboll para realizar a Avaliação de Impacto Ambiental e Social para o projeto de níquel e cobalto Vermelho, em Carajás (PA). O Esia, sigla em inglês para o estudo, é parte essencial do processo de licenciamento do Vermelho e será usado para a solicitação de licença prévia (LP) para a operação junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará.
Em nota, a Horizonte observou que a Ramboll, consultoria com cerca de 300 escritórios em todo o mundo, possui "entendimento comercial e rigor técnico para entregar projetos avançados sustentáveis e que agreguem valor para a sociedade". A mineradora já trabalhou com a Ramboll na hidrologia de seu projeto de ferroníquel Araguaia, também no Pará.
Na nota, a Horizonte observou que a Vale, proprietária anterior de Vermelho, realizou vários estudos para o projeto e chegou a uma "decisão positiva de construção" em 2015. "O banco de dados histórico criado pela Vale fornece uma excelente base para os novos estudos de sustentabilidade", afirmou a companhia.
Segundo a empresa, a Ramboll fará novos trabalhos de campo no projeto para elaborar o que deverá refletir configurações físicas, biológicas e sociais atuais do ativo, incluindo disponibilidade e qualidade da água; estudo de linha de base de ar e ruído; qualidade do solo; inventário de flora e fauna; considerações socioeconômicas; saúde e segurança da comunidade; reassentamentos e herança cultural.
O diretor-executivo da Horizonte, Jeremy Martin, disse que a contratação da Ramboll é mais um passo para desenvolver Vermelho, que, de acordo com ele, "estará online para abastecer o mercado de baterias de veículos elétricos em rápido crescimento".
"A conclusão do financiamento de Araguaia permitirá que Horizonte acelere o desenvolvimento de Vermelho", salientou. Em março, a Horizonte nomeou o engenheiro mecânico Michael Drake como chefe de projetos com foco no desenvolvimento das duas operações.
"Vermelho está programado para iniciar a produção em um ponto crítico no mercado de níquel, onde o déficit de oferta deve aumentar, principalmente no setor de baterias", ressaltou Martins, acrescentando que está em "posição única" diante do pipeline global "limitado" de projetos de níquel de próxima geração no curto prazo.
Rejeitos
A Horizonte informou que também está otimizando a engenharia do projeto Vermelho com a opção de armazenamento de rejeitos a seco na operação. "Um benefício adicional do Projeto resultante dessa otimização é a produção de um bi-produto, o fertilizante kieserita, que será vendido comercialmente no mercado agrícola do Pará", concluiu.
Fonte: Notícias de Mineração do Brasil
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