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Estudo da CPRM mostra que Brasil tem segunda maior reserva de grafita do mundo

Estudos do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) mostraram que a reserva brasileira de grafita, que dá origem ao grafeno, é a segunda maior do mundo. A descoberta, conforme o órgão, pode colocar o Brasil em uma posição de mais destaque em relação ao mineral no cenário mundial, já que o país é atualmente o terceiro maior fornecedor, responsável por 27% da produção global, com 270 milhões de toneladas.


"Quando se fala em novas tecnologias e os chamados materiais do futuro, a mineração abre caminho para o desenvolvimento econômico por meio dos recursos minerais estratégicos. Um deles é a grafita, que dá origem ao grafeno, um nanomaterial de valor elevado e que tem sido uma das maiores apostas da indústria tecnológica em virtude do potencial de utilização em múltiplas formas", afirma o Ministério de Minas e Energia (MME) em nota.

"O Brasil é um dos maiores produtores da grafita no mundo, com aproximadamente 800 ocorrências reveladas por meio de levantamentos", acrescenta a Pasta.

A pesquisadora em geociências, Débora Rabelo, explica que a primeira etapa do estudo revelou que o Brasil detém imensas áreas inexploradas ou subavaliadas. "Algumas dessas áreas têm ótima infraestrutura, como proximidade de energia, água e portos, por exemplo". Segundo ela, essas são vantagens estratégicas e competitivas para implantação de indústrias verdes voltadas ao desenvolvimento da nanotecnologia utilizada na produção do grafeno e baterias de íons de lítio", afirma.

Os pesquisadores ressaltam que o uso do mineral na economia nacional como gerador de divisas, por meio de exportações, é tão relevante quanto a do minério de ferro e do nióbio. No entanto, embora seja um recurso estratégico, o inventário mineral da grafita era de conhecimento de poucos especialistas.

"Para preencher essa lacuna e fomentar a produção, o MME viabilizou estudos, que são fruto da Avaliação dos Recursos Minerais do Programa Geologia, Mineração e Transformação Mineral, financiado em grande parte pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal", destaca o MME.


Em virtude do potencial do mineral, pesquisadores brasileiros têm se dedicado ao nanomaterial derivado. Pioneira na pesquisa com o grafeno, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) conduz o projeto MGrafeno. "Iniciado em 2016, o projeto busca elaborar a produção de grafeno a partir da grafita natural por esfoliação em fase líquida e demonstração de aplicações. A iniciativa gerou três produtos-base: grafeno de poucas camadas, nanografite e nanoplacas de grafeno", relata a Pasta em outro trecho da nota.

Ainda conforme o MME, a grafita, ao contrário do diamante, é um condutor elétrico, por isso possui aplicações em eletrodos e baterias. "Considerado um dos materiais-chave na atual era econômica de transformação e modernização, o grafeno é um nanomaterial derivado da grafita, feito pelo empilhamento de folhas bidimensionais, formadas exclusivamente por átomos de carbono", explica.

O estudo completo sobre o potencial da grafita no Brasil pode ser acessado aqui, site do CPRM.


Fonte: Notícias de Mineração do Brasil


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