top of page

ESG pode acrescentar R$ 399 bilhões por ano à mineração, indica estudo da EY-Parthenon

  • jurimarcosta
  • 2 de dez.
  • 2 min de leitura

Análise apresentada durante a COP30 aponta geração de 3 milhões de empregos, redução de emissões e avanços em diversidade com a adoção de práticas ambientais, sociais e de governança no setor.


ree

A incorporação de práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) pela mineração brasileira pode adicionar R$ 399 bilhões anuais à economia e elevar em 20,81% a atividade do setor, segundo o estudo Impact Edge, da EY-Parthenon.


O levantamento indica também a criação de mais de 3 milhões de empregos, a redução de 19,52 milhões de toneladas de CO₂ e a preservação de 4,8 trilhões de litros de água, além de avanços em diversidade e impactos positivos na saúde pública.


Apresentado durante a COP30, em Belém, o estudo aponta que os efeitos econômicos do ESG extrapolam o desempenho das próprias empresas. Os ganhos estimados, de R$ 399 bilhões anuais, equivalem ao PIB da Bahia em 2022. A adoção das práticas também poderia gerar mais de 3 milhões de postos de trabalho, número próximo ao da população de Alagoas, e abrir 7.152 vagas afirmativas em posições de liderança.


Segundo o relatório, a contribuição do setor hoje já é relevante. Em 2024, a mineração registrou PIB de R$ 290,6 bilhões, o que representou 2,67% da economia nacional.


Os impactos ambientais também são destacados. A análise estima que iniciativas ligadas à redução de emissões, eficiência energética, gestão hídrica e manejo de resíduos evitariam 19,52 milhões de toneladas de CO₂ e preservariam 4,8 trilhões de litros de água. No campo social, práticas mais estruturadas poderiam evitar 93.056 internações por ano, economizando R$ 47,77 milhões ao Sistema Único de Saúde.


Para Elanne Almeida, Líder Global de Sustentabilidade para Mineração e Metais da EY, o setor atravessa um ponto de inflexão.

“A mineração brasileira vive um momento decisivo. Temos a oportunidade de deixar para trás uma visão arcaica de que o setor estava fundamentalmente vinculado a riscos ambientais e sociais”, afirma.


Segundo ela,


“A transição já começou — e os resultados mostram que é plenamente possível conciliar competitividade econômica com responsabilidade ambiental e inclusão social”.

Elanne Almeida – Líder Global de Sustentabilidade para Mineração e Metais da EY (Ernst Young)



Oportunidades e desafios da transição sustentável


A EY destaca que a mineração ocupa posição estratégica para a transição energética e digital, sendo o Brasil o segundo maior produtor mundial de minério de ferro e um dos principais fornecedores globais de minerais e terras raras.


Para Almeida, a adoção de critérios ESG deixou de ser apenas uma obrigação regulatória. “O compromisso com práticas ESG passou a representar uma nova forma de operar”, diz. Ela afirma que medidas como redução de emissões, eficiência hídrica e energética e melhor gestão de resíduos “mostram que investir em sustentabilidade é uma decisão estratégica cujo valor extrapola os típicos indicadores ESG”.


O estudo também aponta desafios persistentes: gestão de recursos hídricos, descarbonização de processos intensivos em energia, segurança de barragens e rejeitos e governança socioambiental. A necessidade de maior transparência e rastreabilidade nas cadeias de suprimentos também permanece no centro do debate.


“Essas dinâmicas vêm redefinindo as prioridades de investimento no setor”, afirma Almeida. “Modelos antes focados em conformidade deram lugar a estratégias de criação de valor compartilhado. O Impact Edge demonstrou que esse impacto é muito maior do que se conhecia”, conclui.


Fonte: Minera Brasil

 
 
 

Comentários


SINDIMINA - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração, Pesquisa e Benefício de Ferro, Metais Básicos e Preciosos de Serrinha e Região

Rua Macário Ferreira, nº 522 - Centro - Serrinha-BA     / Telefone: 75 3261 2415 /  sindimina@gmail.com

Funcionamento :  segunda a sexta-feira, das  8h às 18h.

bottom of page