Nove das dez maiores minas de ouro, em produção, pertencem a somente cinco das mineradoras de ouro que estão entre as maiores do mundo: Newmont (1ª), Barrick (2ª), Polyus (4ª) Newcrest (7ª) e Kirkland Gold (10ª). A mina restante é da Freeport McMoran que ficou de forma do ranking das maiores mineradoras no ano passado.
Não considero a maior mina de cobre e ouro Grasberg, da Freeport McMoran (FCX), como uma mina de ouro. E a FCX não entrou na lista das maiores mineradoras de ouro em 2020, porém deve voltar com força neste ano graças às melhorias feitas em Grasberg.
Além disso, a FCX tem coisa de 49% da mina, apesar de ficar com 81% do resultado econômico, pois é a operadora. De qualquer forma, estamos olhado minas e não a quem pertence o resultado. Grasberg produziu ano passado 848 mil onças de ouro (contidas em 367 mil toneladas de cobre), ficando assim em 3º lugar no ranking geral. Mas pode voltar em breve ao topo, pois no primeiro trimestre deste ano foram 294 mil onças.
Em primeiro lugar absoluto, está a mina Olimpiada, da empresa russa Polyus, com 1,999 milhão de onças no ano passado. Em 2019, essa mina atingiu o seu auge com 1,389 milhão onças de ouro. Em seguida, vem a mina Pueblo Viejo, da Barrick Gold na República Dominicana, mas onde a Newmont tem 40% de participação. Essa mina produziu 899 mil onças no ano passado.
E essa é apenas uma das quatro minas da Barrick nesse ranking. As outras três são Kibali, que ficou em quinto lugar com 807 mil onças produzidas em 2020 na República Democrática do Congo; Cortez, nos Estados Unidos, com produção de 798 mil onças, em sexto lugar; e Loulo Gounkoto, no Mali, com produção de 680 mil onças, o que lhe garantiu o oitavo lugar.
A Newmont, maior mineradora de ouro do mundo, aparece com uma só mina: Boddington, na Austrália, que ficou em nono lugar com a produção de 670 mil onças, o que mostra que não é preciso ter as maiores minas para ser a maior do ramo.
Temos ainda a australiana Newcrest Mining com duas minas no ranking, a Cadia Valley que é a quarta maior com 822 mil onças em 2020 e a Lihir, em Papua Nova Guiné (PNG), que produziu 772 mil onças e ficou em sétimo lugar.
Fechando a lista há a mina Fosterville, da Kirkland Lake Gold, que fica na Austrália e marcou uma produção de 640 mil onças no ano passado. Assim, a Austrália tem três minas nesse ranking.
Se não considerarmos a mina de Grasberg como uma mina de ouro, a mina que ficaria em décimo lugar seria a de Geita, na Tanzânia, com 623 mil onças em 2020, que pertence à AngloGold Ashanti, a terceira maior mineradora de ouro do mundo.
Dei uma olhada na lista de 2016, a última publicada pelo NMB, e muita coisa mudou, mas lá consta como número um a gigantesca mina de Muruntau, no Uzbequistão. Considerada a maior mina de ouro a céu aberto do mundo, estima-se que tenha produzido algo como 2 milhões de onças em 2020, mas como não se trata de uma companhia aberta e não divulga dados confiáveis deixou de entrar na lista da MiningIntelligence.
Quanto ao complexo de minas Carlin, operado pela Barrick e pela Newmont em Nevada (EUA), não entrou pois são várias minas que produziram 1,665 milhão de onças e não somente uma.
No Brasil, para ter uma ideia da diferença, as duas maiores minas são Morro do Ouro, em Paracatu (MG), da Kinross (5ª maior mineradora de ouro do planeta), e Serra Grande, da AngloGold Ashanti, com respectivamente, 542 mil e 114 mil onças em 2020. Se formos contar minas de cobre e ouro, Salobo, da Vale no Pará, seria a segunda maior de ouro do país, com 331 mil onças em 2020.
Portanto, a de Paracatu fica um pouco abaixo das maiores, que ficam entre 800 mil e 600 mil onças por ano. Caso entre em operação algum dia, a mina de Volta Grande, da Belo Sun no Pará, pode se tornar uma das maiores do país, com umas 250 mil onças por ano durante vários anos, chegando a quase 300 mil por uns dois anos.
Fontes: Notícias de Mineração do Brasil
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