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Crescimento em projetos de minerais críticos abre espaço para novos investimentos

  • jurimarcosta
  • 26 de set.
  • 2 min de leitura
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O Brasil tem o maior estoque natural de nióbio do mundo, ocupa a segunda posição de grafite e terras-raras, além de ser a terceira maior reserva de níquel. No primeiro semestre deste ano, o faturamento do segmento de minerais críticos foi de R$ 21,6 bilhões, o que corresponde a uma expansão de 41,6% na comparação anual, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). De acordo com o sócio da KPMG, Mateus Figueiredo, esta geração de receitas demonstra o potencial de negócios e reforça a importância do cenário promissor para captar novos investimentos no futuro.


“O valor do faturamento no setor de minerais reforça o quanto a indústria tem uma presença na economia. Como exemplo, temos as discussões recentes sobre a concentração na produção de terras raras, seu alto potencial econômico e as tensões geopolíticas associadas a tal concentração. Com a segunda maior reserva conhecida, o Brasil não tem tradição na mineração de terras raras e possui substancialmente projetos em fase de pesquisa e desenvolvimento e uma participação mundial pouco representativa no contexto atual. Apesar de atuarmos na produção de minério de ferro e outros recursos minerais tradicionais há décadas com níveis de produtividade elevados, não significa que teremos este mesmo sucesso em terras-raras. Os processos de extração e processamento exigem pesquisa e adequação técnica destes projetos à estrutura geológica de cada reserva. Entre sair da fase de pesquisa, seguir para a etapa de desenvolvimento do projeto e, por conseguinte, o início da produção há um longo caminho. Projetos mineração necessitam de desenvolvimento tecnológico, licenciamento, logística, e tudo isso, pode demandar anos”, explica.


Os dados do Ibram apontaram também, que o setor planeja investir US$ 68,4 bilhões, até 2029, um aumento de 6,6% em comparação com a previsão de 2024 a 2028.


“A projeção de aumento de investimento é alta, pois a complexidade do processo e as características da atividade de exploração de recursos minerais exigem um financiamento contínuo por longo prazo, o que é sempre um desafio para o setor de mineração. A primeira ação do negócio é avaliar o preço e demanda, depois realizar um levantamento da capacidade de recurso para viabilizar, economicamente, a extração”, pontua.


Além dos aspectos econômicos e estruturais, o sócio da KPMG enfatiza as questões ambientais, disponibilidade de mão de obra local e a variedade de fatores que podem impactar a extração.


“Vale destacar que alguns estados do país podem ter um aumento expressivo na demanda por profissionais especializados na área de mineração e de equipes capacitadas para avaliar os aspectos ambientais e de relacionamento com as comunidades no entorno do novo projeto para viabilizar o licenciamento e a execução dos projetos de forma sustentável. Por mais que haja cuidado e regulação para reduzir os impactos de atividades de mineração no Brasil, há sempre algumas externalidades inerentes ao projeto que requerem o devido endereçamento porque as comunidades e as cidades têm que lidar com os benefícios, mas, também, riscos e impactos causados pela atividade mineral”, conclui.


Fonte: Conexão Mineral

 
 
 

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