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Comprar ou vender? Dá para ficar mais otimista com a Vale? Analistas acham que sim


A Vale realizou na última quarta-feira o Vale Day 2020, evento anual com participação de investidores e analistas, para falar sobre suas novas projeções de produção e o foco nas medidas de segurança operacional.

A redução do guidance de produção de minério de ferro para 300 milhões a 305 milhões de toneladas em 2020 e 315 milhões a 335 milhões de toneladas em 2021 decepcionou um pouco o mercado, mas não a ponto de alterar a tese de investimento mais positiva.

O BTG Pactual (BPAC11) defendeu que os preços do minério de ferro “mais do que compensam algumas decepções de volumes”. Além disso, o retorno de caixa da mineradora deve permanecer elevado mesmo com o acordo a ser acertado entre a companhia e o governo de Minas Gerais em relação à tragédia em Brumadinho.

“A administração continua trabalhando várias alavancas para impulsionar um re-rating das ações, os custos irão diminuir, a intensidade de capital permanece baixa e os metais básicos fornecem uma opção interessante de longo prazo”, complementou o time de pesquisa do banco.


Na avaliação do BTG, existe espaço para um otimismo incremental no modelo.


Foco contínuo em ESG

A Vale segue comprometida em entregar resultados na esfera ESG. Segundo o Safra, a melhora contínua das práticas ambientais, sociais e de governança corporativa ajudará a reduzir o gap em que a Vale é negociada em relação aos pares australianos.


A empresa tem planos de reduzir as emissões de carbono de escopo 1 e 2 em até 33% até 2030 e atingir a neutralidade até 2050. A companhia tem uma meta adicional de redução de emissões de carbono de escopo 3 em 15% até 2035.

A Vale ainda planeja concluir a descaracterização de todas as barragens a montante até 2029 – o processo das mais críticas deve terminar até ano que vem.

Apesar dos esforços da companhia, ainda existem controvérsias, como a mineração em terras indígenas e o rompimento de barragens em Brumadinho e Mariana, que pesam na reclassificação do rating de sustentabilidade.

“O rating ESG da Vale, atribuído pela consultoria Refinitiv, é A (A no pilar Ambiental, A+ no pilar Social e A- no pilar Governança), porém D- com relação às controvérsias, o que resulta em uma nota combinada de C+”, relembrou o BB Investimentos.

No entanto, os avanços mais recentes levam a acreditar que o mercado deve revisar o rating ESG da empresa.

Teses intactas

O BTG Pactual reiterou a compra da ação VALE3, com preço-alvo de R$ 90. Levando em consideração a forte recuperação dos volumes e a redução dos custos, além da melhora da percepção ESG e do retorno de caixa, o banco aposta na redução de risco do papel, que está “inegavelmente barato sob qualquer métrica”.

O Safra manteve a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) tanto para a ação brasileira quanto à ADR (American Depositary Receipt) VALE. Os preços-alvo indicados são de, respectivamente, R$ 74,40 e US$ 14,30.

O BB Investimentos também seguiu com a recomendação de compra, mas revisou o preço-alvo da ADR para US$ 19 e da VALE3 para R$ 99.


Fonte: Moneytimes.com.br

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