Os preços do cobre em Xangai pairaram perto dos máximos de dois anos e meio nesta sexta-feira (20), sustentados pela forte demanda física na China e esperanças de políticas de apoio dos EUA para o metal usado em energia renovável sob a presidência de Joe Biden. O caminho é o mesmo do cobre comercializado na London Metal Exchange, que também atingiu o maior valor em mais de dois anos.
"A demanda física é muito boa na China, na produção e na fabricação", disse o analista da NAB Lachlan Shaw.
Uma série de dados econômicos refletiu a forte demanda do maior consumidor global do metal vermelho, incluindo a produção industrial da China, que aumentou em um ritmo mais rápido do que o esperado em outubro.
"Há preocupações sobre o fornecimento devido à Covid-19 e sobre disputas trabalhistas no Chile, bem como expectativas sobre o estímulo e um impulso de energia verde dos EUA sob a presidência de Biden", acrescentou Shaw. "Neste ano, o impacto da Covid-19 foi o de adiar novos projetos porque as mineradoras reduziram as equipes. E assim o mercado está parecendo mais otimista."
Um dólar mais fraco também apoiou os ganhos, assim como alguns estímulos monetários da China no início da semana.
O cobre da Bolsa de Futuros de Xangai subiu 0,8% para 53.240 iuanes (US$ 8.098) por tonelada, a caminho de um ganho semanal de 2%, o máximo em três meses, tendo esta semana atingido o maior valor em dois anos e meio, a 53.800 iuanes.
O cobre da London Metal Exchange (LME) avançou 0,4% para US$ 7.122 a tonelada às 4h30 GMT, também a caminho de fechar a semana com alta de dois anos e meio.
O novo contrato internacional de cobre de Xangai foi negociado com alta de 0,8%, com volumes em torno da metade dos níveis vistos em sua estreia no mercado na quinta-feira.
Um dos sindicatos em greve na mina de cobre chilena Candelaria, de propriedade da canadense Lundin Mining, rejeitou uma oferta da empresa na terça-feira (17), confirmando que a paralisação dos trabalhos continuará.
Fonte: Notícias de Mineração do Brasil
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