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Bamin estuda sistema de filtragem para eliminar barragem de rejeitos

A Bahia Mineração (Bamin) está estudando a incorporação de um sistema de filtragem para converter a barragem de rejeitos do projeto de minério de ferro Pedra de Ferro, em Caetité, em empilhamento a seco. Segundo a empresa, o sistema é estudado há dois anos e a conclusão da engenharia básica está prevista para julho, quando ele será apresentado para análise técnica do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e da Agência Nacional de Mineração (ANM).


"Buscando garantir a máxima segurança, (a Bamin) vem estudando a incorporação de um sistema de filtragem de rejeitos que reduzirá a umidade do rejeito, aumentando significativamente a recuperação de água, convertendo a barragem de rejeitos em uma unidade de pilha seca. Além dos aspectos de segurança das instalações de filtragem de rejeitos, a recuperação de água acima de 90% reduz significativamente o uso do recurso", destaca a mineradora em nota.

O projeto atual da mineradora, aprovado nos órgãos responsáveis, prevê a instalação de uma barragem de rejeitos a jusante, com capacidade para armazenar até 180 milhões de metros cúbicos de lama. A Bamin ressalta que o coeficiente de estabilidade e segurança desse projeto é superior ao que é definido pelas autoridades.

"Atualmente, a Bamin possui um projeto licenciado pelo Inema que prevê a construção de uma barragem de rejeitos a jusante com coeficiente de estabilidade e segurança de 2,24, bem acima dos índices exigidos pela legislação brasileira e práticas internacionais, que é de 1.5", destaca.

A empresa iniciou, no ano passado, a extração de minério em escala reduzida na mina Pedra de Ferro. O produto está sendo escoado por caminhões até o município de Licínio de Almeida e embarcado em trens da Ferrovia Centro-Atlântica, de onde é distribuído para siderúrgicas do sudeste do país.

Esta exploração gera rejeitos secos, que estão sendo colocados em pilhas de estéril, numa área próxima de onde está prevista a construção da barragem. Questionada sobre os riscos de contaminação dos cursos d'água pelos rejeitos, a mineradora disse que o material residual da operação terá aproveitamento futuro e que não há riscos de serem carregados para o leito dos cursos d'água em momentos de chuva, uma vez que possui sistemas de drenagem que margeiam as pilhas.


O projeto inicial para armazenamento de rejeito da Bamin previa a construção de uma barragem a montante que custaria R$ 90 milhões. Depois das tragédias registradas em Mariana (2015) e Brumadinho (2019) com barragens do tipo, foi apresentado o novo projeto de barragem a jusante, com custo estimado em R$ 200 milhões. Já o novo projeto ainda não teve o orçamento definido pela empresa.

A Bamin arrematou o primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) na semana passada, com o lance mínimo de R$ 32,73 milhões. A empresa administrará por 35 anos o trecho que vai de Ilhéus e Caetité, que tem as obras em 80% de execução. Além de concluí-las, a empresa terá que investir R$ 3,3 bilhões durante o período de concessão.


Com informações da Agência Sertão.

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