A Aura Minerals planeja iniciar a construção do projeto de ouro Almas, no Tocantins, em 2021, para começar a produção comercial na operação já no fim de 2022. Para isso, a empresa terá que investir entre US$ 61 milhões e US$ 65 milhões no desenvolvimento do projeto de 13 anos de vida útil.
Almas passou a integrar o portfólio da Aura após a aquisição da Rio Novo Gold, em 2018. O ativo consiste em três depósitos (Paiol, Vira Saia e Cata Funda) e vários alvos de exploração, incluindo Nova Prata/Espinheiro, Jacobina e Morro do Carneiro.
"Destes, apenas os três depósitos tiveram um trabalho de exploração significativo", observou a mineradora em nota divulgada na terça-feira (21).
A companhia canadense - que fez IPO no mercado acionário brasileiro no início do mês - declarou que, após assumir o controle da Rio Novo, promoveu "uma série de novos estudos" no projeto por meio da Ausenco Engineering e da SRK Consultores do Brasil.
De acordo com a mineradora, o resultado foi a redução da taxa de produção de 2 milhões de toneladas por ano (Mtpa) para 1,3 Mtpa, com a otimização do layout para reduzir impactos ambientais e a necessidade de aquisição de grandes áreas.
"Houve uma mudança de foco em relação à produção, permitindo que a companhia visasse teores mais altos, mantendo equipamentos críticos do processo, como o circuito de moagem e a infraestrutura principal, em 2 Mtpa para facilitar o aumento da capacidade em caso de reservas adicionais", declarou.
Além do investimento de US$ 61 milhões a US$ 65 milhões, o estudo preliminar estima retorno antes dos impostos em 1,1 a 1,4 anos, o valor presente líquido (VPL) antes dos impostos em US$ 219 milhões a US$ 338 milhões e a taxa interna de retorno (TIR) em 72% a 155%.
De acordo com o estudo, a produção anual nos primeiros seis anos de operação é de 45.000 a 52.000 onças, com custos totais de manutenção all-in (Aisc, também na sigla em inglês) de US$ 696 a US$ 730/oz.
A previsão é de que o estudo de viabilidade do projeto seja concluído até novembro, com início da construção no primeiro trimestre de 2021. Segundo a Aura, o ramp-up e a produção foram programados para o segundo/terceiro trimestre de 2022 e a produção comercial para o quarto trimestre.
"Atualmente, a companhia e a Ausenco estão trabalhando em implicações tributárias, estudos metalúrgicos confirmatórios e estudos de moagem usando amostras representativas da mistura inicial da mina no cenário de produção revisado, além de iniciar os trabalhos básicos de engenharia", afirmou a Aura no comunicado.
Fonte: Notícias de Mineração do Brasil
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