Danilo Melin Aburjeli, diretor da Mineração Ibirité Ltda (MIB), afirmou que a mineradora utiliza há seis meses aparelhos conhecidos como decanters, uma espécie de cilindro. A tecnologia tem garantido o reaproveitamento de aproximadamente 90% da água usada no processo de mineração, de acordo com o executivo da mineradora.
De acordo com Aburjeli, o aparelho gira em alta velocidade e, por meio da força centrífuga, separa o rejeito de minério da água. O minério, a parte mais densa, adere às paredes do tambor e é retirado por uma das extremidades por uma rosca interna. Já a água é recuperada na extremidade oposta e encaminhada para a reutilização. "A água pode ser reaproveitada, e o rejeito é empilhado", afirmou.
A MIB começou com uma unidade do equipamento e, atualmente, conta com três decanters.
O rejeito é estocado a seco e, portanto, a empresa não utiliza barragens. Antes da tecnologia, a eram usadas cavas. A companhia tem licença para produzir 1,5 milhão tonelada de minério por ano.
Volta das operações
No final de março, a Justiça de Minas Gerais autorizou a volta das operações da MIB em Brumadinho (MG). A mineradora estava com as atividades suspensas desde o dia 30 de janeiro, cinco dias após o rompimento da Barragem 1, da mina Córrego do Feijão, da Vale, no mesmo município.No dia 30 de janeiro, cinco dias após o rompimento da barragem da Vale, a juíza Perla Saliba Brito atendeu a um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e determinou a interrupção do trabalho da Mineração Ibirité, pois o empreendimento ficava muito perto da região devastada pela tragédia.
O desembargador entendeu que, neste momento, a medida de paralisação das atividades da empresa mostra-se aparentemente excessiva frente aos documentos técnicos apresentados, que afastam a existência de qualquer indício de risco potencial e iminente à população, à segurança pública e ao meio ambiente, decorrente da continuidade das atividades. Com informações do jornal O Tempo.