Um laudo produzido pela Vale, no dia 22 de janeiro, três dias antes do rompimento da barragem em Brumadinho (MG), aponta que a estrutura apresentava falhas graves de segurança. O documento foi enviado à Agência Nacional de Mineração (ANM), somente no dia 15 de fevereiro, 21 dias após a tragédia que matou 193 pessoas e deixou outras 122 desaparecidas. Um dos integrantes da força-tarefa que investiga o caso informou que mesmo com o documento atestando as falhas, os funcionários presos, no início do mês passado, durante os depoimentos, diziam desconhecer o problema. Por meio de nota oficial, a mineradora sempre confirmava o posicionamento dos suspeitos investigados: a vistoria feita no dia 22 não apontava falhas. A ANM relatou ao Tribunal de Contas da União (TCU) que não tomou providências porque foi comunicada dos problemas após o desastre. No relatório, a agência afirma que é "importante salientar que a Vale mandou a última informação no dia 15 de fevereiro (após o rompimento), pelo senhor Geydson Valeriote Lopes Alves". As informações são da Record TV Minas.