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Vale sai de lista internacional de empresas que respeitam direitos humanos


A Vale foi removida do Corporate Human Rights Benchmark, no qual ficou em sexto lugar no ano passado, por causa das consequências do rompimento de uma barragem da mineradora em Brumadinho (MG). Em primeiro lugar, está a Rio Tinto e, em terceiro a BHP, sócia da Vale na Samarco, onde ocorreu outro grave acidente em 2015. O Corporate Human Rights Benchmark procura fornecer informações robustas e confiáveis sobre as ações das empresas por respeitar os direitos humanos em seus negócios", disse Daniel Neale, diretor de programas da CHRB, em um comunicado. "Dado este último desastre envolvendo a Vale, nós agimos para garantir que sua inclusão em nosso benchmark não dê uma impressão errada." Em nota, a CHRB disse que "devido ao devastador colapso da barragem na mina de Córrego do Feijão em Brumadinho, Brasil, a CHRB decidiu remover as pontuações da Vale do ranking de referência de 2018 e excluir suas pontuações do conjunto de dados disponíveis do CHRB. Não seria correto que o CHRB continuasse a classificar a Vale nas faixas de maior desempenho após uma tragédia como essa." "A inclusão da Vale no benchmark de 2019, bem como quaisquer ajustes necessários à metodologia da CHRB para lidar com tais impactos emergentes, em larga escala, dos direitos humanos, serão revisados à medida que mais informações estiverem disponíveis", disse o ONG em nota. O CHRB disse que suas pontuações representam um substituto para um bom desempenho, mas seus diretores já haviam concluído antes do desastre mais recente que "a atual abordagem para avaliar as alegações de direitos humanos contra empresas não era particularmente adequada para lidar com eventos raros e de grande escala, como o desastre da Samarco". A elevada pontuação da Vale, na faixa de 60% a 70% no índice CHRB de 2018, logo abaixo da Unilever, e 20 lugares acima da lista de 2017, deixou os organizadores do ranking em alerta, particularmente entre os apoiadores da CHRB. O CHRB difere da maioria dos benchmarks de meio ambiente, sociais e de governança (conhecidos pela sigla ESG, em inglês) porque usa informações publicamente disponíveis, em vez de informações apresentadas pelas empresas, e mede como as empresas atuam em 100 indicadores baseados nos Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Direitos Humanos, em questões como trabalho forçado, proteção de ativistas de direitos humanos e salários. A BHP Billiton, co-proprietária da barragem da Samarco, ficou com uma pontuação ainda maior no ano passado, ocupando o terceiro lugar na lista, atrás da Rio Tinto e da Adidas. Phil Bloomer, diretor executivo do Business & Human Rights Resource Center, do Reino Unido, e diretor do CHRB, disse que uma das principais razões pelas quais a Vale obteve alta pontuação em 2018 foi a de ter políticas e procedimentos para compensar as vítimas do desastre da Samarco. "Mas muito disso ainda tem para virar prática", disse ele. Ele declarou que as comunidades da Samarco ficaram desolada quando um tribunal federal decretou em dezembro que a assistência financeira emergencial recebida das empresas seria deduzida da compensação que ainda esperam receber pela perda de meios de subsistência e danos à propriedade. "Isso é uma coisa extraordinária que aconteceu. De acordo com a Defensoria Pública, esse foi um pedido das duas empresas [Vale e BHP]", disse Bloomer. "Do nosso ponto de vista, essas são questões sérias que precisamos considerar para garantir se reflita no benchmark. Mas estamos confiantes no poder do benchmark e sua importância, e procuramos maneiras de fazer pequenos ajustes este ano, enquanto estudamos uma revisão metodológica completa no ano que vem". Com informações do CHRB e da Ethical Corp.

Fonte: ttps://www.noticiasdemineracao.com/empresas/news/1355692/vale-sai-de-lista-internacional-de-empresas-que-respeitam-direitos-humanos


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