A Yamana Gold pretende produzir 1 milhão de onças equivalentes de ouro por ano pelos próximos dez anos. A meta, a ser alcançada já em 2021, prevê aumento crescente da produção de ouro, com respectiva redução no volume de prata produzido. Com base nas previsões atuais, a Yamana espera investir capital expansionista na faixa de US$ 100 milhões a US$ 125 milhões por ano nos próximos quatro anos.
Em nota, a empresa informou que a previsão de produção de ouro é de 862.000 onças em 2021, 870.000 onças em 2022 e 889.000 em 2023. No caso da prata, a estimativa é de 10 milhões de onças este ano, 9,36 milhões em 2022 e 8 milhões no ano seguinte. As metas levam em consideração uma variação de 3% para cima ou para baixo.
Em 2020, a produção da Yamana foi de 780.000 onças de ouro e 10,36 milhões de onças de prata, para um total de 901.000 onças equivalentes de ouro (GEO, na sigla em inglês).
Para atingir a meta prevista para a próxima década, a companhia afirmou que pretende investir em "diversas oportunidades de crescimento disponíveis", como foco na otimização do portfólio existente no curto e médio prazo, "ao mesmo tempo em que avança estudos para vários projetos de expansão e desenvolvimento de ativos de longo prazo".
Entre estes ativos está a mina de ouro Jacobina, na Bahia, que a mineradora pretende expandir para aumentar a produção para 8.500 toneladas por dia, com produção anual de 230.000 onças. No ano passado a operação foi responsável pela produção de 176.000 onças e a estimativa para 2021 é de produzir 175.000 onças do metal precioso.
A companhia informou que também planeja implementar uma expansão de fase 3 em Jacobina para aumentar a produção para 10.000 toneladas diárias e 270.000 onças de ouro por ano até 2027.
Além de Jacobina, a Yamana espera que outras operações existentes continuem a substituir com sucesso as reservas esgotadas por meio da exploração e até mesmo aumentar a produção em Minera Florida no Chile, onde pretende incrementar o volume produzido de 74.500 toneladas por mês para 100.000 tpm para aumentar a produção de cerca de 90.000 onças/ano para até 120.000 onças/ano.
Em El Peñón, no Chile, a Yamana acredita que os resultados da exploração fornecem visibilidade sobre a produção por pelo menos mais dez anos, com a produção aumentando de 217.000 GEO no ano passado para 222.000 GEO em 2021.
"A empresa espera continuar sua tendência estabelecida de entregar uma produção mais forte no segundo semestre do ano, com aproximadamente 53% da produção programada para o segundo semestre, juntamente com aumentos sequenciais trimestrais na produção", declarou a companhia em nota.
Custos
A Yamana disse ainda que os custos de caixa devem aumentar mais de 40% em 2021 devido aos custos adicionais relacionados à pandemia de Covid-19 de US$ 655 a US$ 695 por onça para US$ 980 a US$ 1.020/onça este ano, com aumentos vistos em todos as cinco minas em operação da empresa
O cenário positivo da empresa é que a produção anual ultrapasse 1 milhão de GEO em meados da década, atingindo 1,2 milhão de GEO em aproximadamente 2028.
A Yamana disse que o depósito Wasamac recentemente adquirido em Quebec, Canadá, oferece uma mina subterrânea que deve entrar em produção em 2025 e adicionar uma produção de 160.000 onças/ano.
Jackie Przybylowski, analista da BMO Capital Markets, disse que enquanto a produção de 2020 era consistente com as estimativas, a orientação de curto prazo (2021-2023) estava modestamente abaixo das expectativas e da orientação anterior da Yamana. No entanto, "a visão geral da produção de longo prazo de 10 anos é melhor do que a queda que previmos após 2025", disse ela.
Przybylowski manteve uma classificação de desempenho superior, embora tenha reduzido a meta de um ano de US$ 9 para US$ 8,75/ação.
Com informações do Mining Journal.
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