A Vale planeja investir até R$ 4 bilhões em vários projetos para aprimorar o complexo portuário de Tubarão, no estado do Espírito Santo. Os investimentos serão realizados nos próximos cinco anos, segundo Renato Gomes de Souza, gerente de engenharia de projetos de Tubarão.
"Nosso desafio é estar preparado para esse número de projetos, a maioria ocorrendo nos anos de 2022, 2023 e 2024. Queremos que as empresas locais estejam preparadas para nos ajudar a desenvolver esses projetos", disse Souza em webinar com lideranças empresariais do Espírito Santo.
Do valor total do investimento, 30% irá para montagem eletromecânica, seguida de obras civis (25%), equipamentos e materiais (15%), engenharia (15%), estruturas metálicas (10%) e serviços (5%).
"O efetivo de obra previsto é por volta de 3.125 profissionais em 2021. Porém, em 2022 e 2023 pode até dobrar. Hoje, temos cerca de 1.500 profissionais já atuando nas obras", disse Souza.
A expectativa da empresa é pavimentar uma área de 156.000 metros quadrados dentro do complexo portuário e instalar uma adutora de aproximadamente 36 quilômetros para transporte hidroviário e um reservatório de água.
Dos 197 projetos que serão implantados nos próximos anos, 127 integram o Plano Diretor Ambiental da companhia, que prevê metas de redução de emissão de materiais particulados e tratamento de efluentes.
Os quatro terminais de Tubarão movimentam minério de ferro e pelotas, carvão, grãos, fertilizantes e granéis líquidos.
A Vale planeja incrementar a capacitação da força de trabalho, pois cerca de 60% dos trabalhadores possuem um baixo nível de qualificação, principalmente na área de construção civil, disse Souza.
"O que percebemos é que, em tempos de crise, todas as empresas perdem mão de obra qualificada e isso cria uma lacuna", afirmou.
A Vale também quer aumentar o uso de tecnologia em Tubarão.
"Com menos gente trabalhando no campo, queremos reduzir custos, acidentes e diminuir o tempo de implantação. Estamos incentivando as empresas que prestam serviços para nós a usarem mais tecnologia para reduzir os custos dos projetos", disse Souza.
Fonte: Notícias de Mineração do Brasil
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