Barragem em Barão de Cocais (MG) é a sétima estrutura da Vale a encerrar o nível de emergência neste ano.
A Vale obteve a Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva para a barragem Sul Inferior, na mina de Gongo Soco (MG), em Barão de Cocais (MG), somando um total de sete estruturas que encerraram o seu nível de emergência neste ano até o momento, segundo informou a mineradora nesta segunda-feira (10/10).
A ação foi comunicada aos órgãos competentes, conforme as diretrizes estabelecidas no Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) e na legislação brasileira, incluindo a Agência Nacional de Mineração (ANM) e a auditoria técnica do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que acompanha os trabalhos na estrutura.
A Sul Inferior foi construída pelo método de alteamento a jusante e contém aproximadamente 555 mil m³ de sedimentos. Segundo a Vale, a restrição de acesso de pessoas à barragem permanece, uma vez que a estrutura se encontra dentro da mancha de inundação em caso de ruptura da barragem Sul Superior, atualmente em nível de emergência e em processo de descaracterização.
A duas estruturas são monitoradas permanentemente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) e recebem inspeções regulares de equipes internas e externas por meio de drones.
Sete estruturas já encerraram o nível de emergência
A barragem Sul Inferior é a sétima estrutura com encerramento de nível de emergência ao longo de 2022. No início deste mês, as barragens B5/MAC (Nova Lima), Marés II (Belo Vale), Santana (Itabira) e Paracatu (Catas Altas), todas em Minas Gerais, também saíram de emergência. Em agosto, a barragem Borrachudo II (Itabira) já tinha recebido sua certificação de segurança e, anteriormente, a barragem Elefante (Rio Piracicaba) também.
De acordo com a mineradora, o avanço nas condições de segurança das estruturas é resultado da evolução das medidas implementadas desde 2019, como, por exemplo, o novo sistema de gestão das estruturas de disposição de rejeitos da Vale, direcionado pelos aprendizados com o rompimento da barragem em Brumadinho e pelas melhores e mais rigorosas práticas internacionais, como as definidas no Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, em inglês).
A empresa assumiu o compromisso formal de adequar todas as suas barragens de rejeitos ao GISTM até 2025. Na prática, isso significa que a supervisão, monitoramento e a transparência das informações relativas às barragens estão sendo aprimorados continuamente. “O foco prioritário é a segurança das pessoas, a redução de riscos e cuidados com o meio ambiente”, frisou a empresa.
Fonte: Revista Mineração
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