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Vale: excesso de oferta pode esfriar ainda mais preços do minério de ferro


A segunda maior produtora mundial da matéria-prima do aço divulga a produção do terceiro trimestre após o fechamento do mercado. (Imagem: REUTERS/Muyu Xu)



Com o comércio de minério de ferro no seu nível mais irregular em pelo menos uma década, os investidores se voltarão para a Vale em busca de alguma direção.


A segunda maior produtora mundial da matéria-prima do aço divulga a produção do terceiro trimestre após o fechamento do mercado.


A mineradora é um grande fator de oscilação no mercado de minério de ferro, uma vez que segue em lenta recuperação após o colapso da barragem de rejeitos em Brumadinho no início de 2019.

Os analistas esperam que a Vale registre produção de 87,3 milhões de toneladas métricas em média de julho a setembro, bem acima do trimestre anterior, mas um pouco abaixo do mesmo período do ano passado.


Um volume acima do esperado pode esfriar a crescente recuperação dos preços, enquanto um número menor pode alimentar a alta. Na terça-feira, a BHP disse que a produção caiu nos três meses até setembro em meio a paralisações planejadas para manutenção e escassez de mão de obra.


O mercado clama por alguma direção. Depois de subir acima de US$ 200 a tonelada em maio, o minério de ferro perdeu mais da metade de seu valor em meio a restrições chinesas na produção de aço, preocupações com o mercado imobiliário e escassez de energia, antes de voltar a ficar acima de US$ 100.

A volatilidade é quase a mais alta já registrada desde 2011. O relatório da Vale se torna mais esperado depois que a produtora Rio Tinto reduziu seu guidance para embarques, citando escassez de mão de obra na Austrália Ocidental.

O cenário-base da Bloomberg Intelligence mostra um mercado de minério de ferro estruturalmente com excesso de oferta no final de 2022, com excedentes até 2024. O retorno de volumes da Vale, que embarca minério de alta qualidade, deve responder pela maior parte do crescimento da oferta.

Em setembro, a Vale reduziu sua previsão de capacidade de produção de 2022 para 370 milhões de toneladas, de uma meta anterior de 400 milhões de toneladas, devido à lentidão nas licenças de suas operações no norte do Brasil.

Embora a capacidade não seja igual à produção real, a expansão mais lenta do que o esperado dará à Vale menos espaço para aumentar o fornecimento nos próximos anos.

A gigante da mineração brasileira tem previsão de produção para 2021 de 315 milhões a 335 milhões de toneladas. Analistas da Bloomberg Intelligence esperam que a empresa atinja o limite inferior dessa faixa.


A Vale divulga o relatório de produção e vendas trimestrais após o fechamento do pregão desta terça-feira, com o balanço a ser divulgado em 28 de outubro.


Fonte: Site https://www.moneytimes.com.br

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