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Vale e siderúrgicas serão destaques do terceiro trimestre, diz BTG


O trimestre tem sido quase perfeito para o minério de ferro. O real fraco ante o dólar, os volumes crescentes da produção e a recuperação dos preços levaram os analistas a rasgarem elogios ao setor. Com o título “é hora do aço”, o BTG acredita que esse é um dos melhores momentos da commodity nos últimos anos, revela relatório enviado a clientes.

"Inegavelmente, os principais vencedores no semestre foram os aços e a Vale, com um crescimento significativo da linha superior superando até mesmo as expectativas mais otimistas", afirmam Leonardo Correa e Caio Greiner.

A demanda foi puxada pelo mercado aquecido dos materiais de construção. "Embora a força da demanda atual seja indiscutivelmente insustentável, esperamos um crescimento contínuo na demanda de materiais de construção em 2021", afirma a dupla.

Ainda segundo eles, Vale e CSN foram amplamente estimulados pelas tendências dos preços de minério de ferro incrivelmente altos, o que pode levar os rendimentos de fluxo de caixa livre a dois dígitos.

"Dado o fato de que os volumes da Vale levarão alguns anos para se normalizar, nós esperamos que a resistência do minério de ferro (acima de US$ 100 por tonelada) persistirá por um tempo", argumentam.

Forte geração de caixa


Os analistas do Credit Suisse também estão otimistas com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Na quarta-feira (30), o banco elevou o preço-alvo da siderúrgica de R$ 11,50 para R$ 19, além de promover a recomendação de neutra para outperform (desempenho esperado acima da média do mercado).

Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, que assinam o relatório, basearam a revisão em três fatores. O primeiro é a melhora das expectativas para o mercado de minério de ferro. O banco suíço acredita que a cotação do insumo permanecerá acima dos US$ 100 por tonelada no ano que vem.

O segundo é a recuperação mais rápida que a prevista da demanda interna por aço. Inicialmente, o Credit Suisse previa uma queda de 12% nas vendas domésticas, pressionadas pela recessão decorrente da pandemia de coronavírus. Agora, os analistas calculam uma retração bem menor - de 4% - neste ano.

O terceiro ponto é o reajuste de preços anunciado pela CSN, e que deve ser implementado até outubro.

No mês passado, a Planner enviou um relatório a clientes demonstrando expectativas positivas para o terceiro trimestre de CSN e Usiminas. Para o analista Luiz Francisco Caetano, que assina o documento, os volumes vendidos de aço estão retornando aos níveis pré-pandemia. As informações são do Money Times.

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