Cinco anos após a tragédia de Mariana (MG), a Samarco retomou as operações e reforçou a confiança dos analistas de que a Vale (VALE3) promoverá uma grande distribuição de dividendos em 2021.
A expectativa do BTG Pactual (BPAC11) é de que a mineradora pague US$ 10 bilhões aos acionistas no ano que vem, o que representaria cerca de 12% de retorno. A Vale divide, meio a meio, o comando da Samarco com a anglo-australiana BHP.
Leonardo Correa e Caio Greiner, que assinam o relatório do BTG, calculam que, apenas neste ano, a paralisação da Samarco onerou o caixa da Vale em US$ 600 milhões, incluindo a Fundação Renova, criada pela empresa para coordenar a reparação aos atingidos pelo desmoronamento da barragem. Assim, o reinício das atividades, ainda que de modo gradual, é bem visto pela dupla.
“A direção da Vale continua atacando as dragas do fluxo de caixa (uma a uma), e vemos isso [a retomada da Samarco] como um importante upside para suas ações”, afirmam os analistas.
Pilares
O banco aponta três pilares para sustentar uma valorização consistente dos papéis da mineradora. O primeiro é, justamente, a distribuição do caixa livre para os acionistas, na forma de dividendos. O segundo é a redução de custos, por meio do aumento do volume de produção. Por último, no longo prazo, a melhora das práticas de ESG também deve contribuir.
O BTG Pactual reforçou sua recomendação de compra para as ações. O banco estabelece um preço-alvo de US$ 21 para cada ADR (American Depositary Receipt) da Vale (VALE). Incluindo o retorno de dividendos, a cifra implica um retorno total de 36,7% sobre a cotação usada como referência pelo banco.
Fonte: Moneytimes.com.br
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