A Vale depositou, na quinta-feira (27), cerca de R$ 1,1 bilhão referente à primeira parcela do acordo firmado com o governo de Minas para reparação da tragédia de Brumadinho, na Grande BH. O dinheiro, porém, ficará parado na conta do Tribunal de Justiça de Minas (TJMG) porque a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) ainda não aprovou o Projeto de Lei (PL) que autoriza a utilização de recursos.
O acordo para indenização da tragédia causada pela mineradora Vale com o rompimento da barragem no Córrego do Feijão, em Brumadinho, foi assinado em fevereiro deste ano pelo TJMG, governo de Minas, Ministério Público e a mineradora. A assinatura ocorreu após 18 audiências e mais de 100 horas de reuniões.
Pelo acordo, a Vale se comprometeu a pagar R$ 37,68 bilhões ao Estado de Minas Gerais para a realização de investimentos que beneficiem as regiões atingidas. Cerca de 30% dos recursos vão beneficiar o município e a população de Brumadinho.
Algumas obras e ações do projeto serão executadas pelo governo de Minas. Entre elas estão a reforma do Pronto-Socorro João XXIII, aquisição de três helicópteros para o Corpo de Bombeiros, reforma do Instituto Médico Legal (IML) para aumento da capacidade de identificação de corpos construções do Rodoanel Metropolitano, de cinco hospitais regionais e de um gasoduto da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) até Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas.
Procurado, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV), não comentou o assunto. O Governo do Estado também preferiu não comentar.
O rompimento da barragem em Brumadinho ocorreu em 25 de janeiro de 2019. O colapso da estrutura causou inundação de lama e rejeitos de minério de ferro que resultou na morte de 252 pessoas. Dezessete pessoas continuam desaparecidas.
As informações são da rádio Itatiaia.
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