A Vale informou nesta quinta-feira (13) que aumentou os limites da Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem de Doutor da mina de Timbopeba, no Complexo de Mariana, em Minas Gerais. A alteração foi feita com base em estudos “mais conservadores”, que passaram a considerar hipótese de 100% do carreamento de rejeitos da estrutura.
A medida obrigou a empresa a fazer a remoção de cerca de 75 famílias das comunidades de Antônio Pereira e Vila Antônio Pereira, a 40 quilômetros de Ouro Preto (MG). Segundo a Vale, os moradores serão realocadas seguindo a orientação da Defesa Civil de Minas Gerais, respeitando protocolos de saúde e segurança recomendados durante a pandemia do Covid-19.
Ainda de acordo com a mineradora, as famílias receberão assistência integral da Vale, com hospedagem, atendimento psicossocial, alimentação, entre outros. De fevereiro de 2020 até a data de hoje, 73 famílias já haviam sido realocadas quando a barragem de Doutor teve elevação para nível 2 de emergência.
Em junho, a Justiça em Ouro Preto bloqueou um total de R$ 100 milhões e ampliou a abrangência das medidas impostas à Vale no caso da barragem Doutor. A medida foi tomada após uma auditoria independente constatar que a Zona de Autossalvamento (ZAS) é maior do que a considerada pela mineradora, que já havia levado ao bloqueio de R$ 50 milhões.
A ampliação da ZAS é resultado das disposições do termo de compromisso firmado entre o Estado de Minas Gerais, o Ministério Público estadual e a Vale, que definiu novos parâmetros para atualização da mancha de inundação.
A Vale informou que não houve alteração nos dados técnicos das referidas estruturas e que as últimas inspeções não detectaram anomalias adicionais. "As barragens do Complexo de Mariana são monitoradas continuamente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico da Vale", afirmou a mineradora.
Fonte: Notícias de mineração do Brasil
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