Os trabalhadores da Paranapanema decidiram encerrar a greve de oito dias na sexta-feira (23) após aceitarem um acordo proposto pela empresa sobre o pagamento da Participação de Lucros e Resultados (PLR). Depois de recusarem duas propostas, os funcionários aceitaram o pagamento de R$ 5.500 acrescido da possibilidade de um bônus.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Adilson Torres, a empresa, localizada em Santo André (SP), se comprometeu a pagar R$ 4.000 em 30 de julho e R$ 1.500 em 31 de janeiro.
Haverá ainda a possibilidade do pagamento de um bônus. Caso o fluxo de caixa livre da empresa supere R$ 85 milhões, a cada R$ 10 milhões adicionais será pago o valor adicional de R$ 500 aos trabalhadores sem proporcionalidade, podendo chegar ao teto de R$ 8.000.
Em relação aos oito dias que os trabalhadores ficaram parados, da tarde do dia 15 de julho até a tarde do dia 23 de julho, Torres afirma que a companhia garantiu que não haverá desconto nos benefícios e os trabalhadores terão estabilidade de dois meses.
"Em relação às horas paradas, metade a empresa vai abonar e metade será descontada nos próximos meses. O desconto não ocorrerá nos benefícios como vale-alimentação e a empresa se compromete com estabilidade de 60 dias para os trabalhadores", declarou.
A greve dos 750 funcionários da Paranapanema começou na tarde do dia 15 de julho, quando eles recusaram a proposta de R$ 5.500 de PLR. Os trabalhadores queriam R$ 7 mil. Como a empresa manteve a proposta, a greve se estendeu. Na última quarta-feira (21), o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) determinou que os trabalhadores da Paranapanema retornassem ao trabalho para facilitar as negociações.
Nessa mesma audiência com o TRT, a produtora de cobre apresentou uma nova proposta. Na tarde de sexta-feira (23), a proposta de R$ 5.500 com possibilidade de bônus foi levada para a assembleia dos trabalhadores, que aprovaram o acordo e encerraram a greve.
As informações são do Diário Grande ABC.
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