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South Star inicia exploração de grafite na Bahia



O Projeto de Grafite Santa Cruz, localizado no Sul da Bahia, é o primeiro da canadense South Star no Brasil. Totalmente licenciada, a construção da mina começou em junho de 2022 e a produção comercial está marcada para este mês. A empresa já investiu no projeto cerca de R$ 75 milhões. Em uma segunda etapa, a previsão é de novos aportes da ordem de R$ 180 milhões.

A mina está localizada em uma região com boa infraestrutura – a 1,3 km da rodovia federal, com uma subestação elétrica a 6 km do local da usina, juntamente com uma importante linha de gás natural a 5 km. O aeroporto internacional está localizado a 90 km, em Porto Seguro. Vale lembrar que o projeto da South Star está geograficamente não muito distante das novas instalações da fabricante de carros elétricos BYD, em Camaçari (BA).

Em outubro, o presidente-executivo da companhia, Richard Pearce, informou à imprensa que a empresa cogitava acelerar a produção de Santa Cruz após a China ter anunciado que exigiria licenças que restringiriam a exportação do produto. Os chineses são os maiores produtores mundiais de grafite. No Brasil está a segunda região produtora mundial, com mais de 80 anos de mineração contínua, o que tem despertado interesse internacional. Esse mineral é estratégico por ser um elemento chave na fabricação de baterias para carros elétricos.

O grafite é a forma mais pura do carbono, sendo considerado o melhor condutor térmico e elétrico entre os não metais. É um mineral macio, flexível, altamente refratário e quimicamente inerte. Essas propriedades combinadas fazem com que ele seja amplamente utilizado em diversas aplicações industriais como metalurgia, refratários, baterias alcalinas e baterias tradicionais para automóveis.

De acordo com a South Star, a capacidade operacional de Santa Cruz gira em torno de 13 mil toneladas de grafite por ano, ainda que a empresa tenha, por enquanto, licença para uma produção de 5 mil toneladas/ano. As reservas são estimadas entre 30 e 40 anos.

No Brasil, há outra tradicional fabricante, a Nacional de Grafite, fundada em 1939, em Pindamonhangaba (SP). Ela concentra suas atividades na mineração e no beneficiamento do grafite natural cristalino. Em suas três plantas, localizadas próximas a importantes jazidas em Minas Gerais, a Nacional de Grafite beneficia o minério, gerando cerca de 70 mil toneladas anuais de grafite de diferentes características. Além do Brasil e da China, Turquia, Moçambique e Madagascar estão entre os que têm reservas e produção de grafite.


Revista Minérios & Minerales

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