Relatório técnico anterior estimava reserva total de 77 milhões de toneladas, com teor de 1,43% de óxido de lítio (Li2O).

A Sigma Lithium, mineradora de lítio com operações no Vale do Jequitinhonha (MG), anunciou na última quarta-feira (01/11) que seu programa de exploração de recursos minerais apontou potencial aumento de 25%, podendo chegar a 110 milhões de toneladas, nas reservas localizadas em Araçuaí e Itinga.
As novas reservas foram estimadas entre 26 e 30 milhões de toneladas de lítio (tipo pegmatitos), na quarta etapa de exploração do projeto Grota do Cirilo.
De acordo com a empresa, o programa indicou potencial de recursos minerais para a chamada fase 4 de produção de lítio no projeto. Desde abril, a empresa opera a fase 1 e está concluindo estudos para implantar as fases 2 e 3.
O relatório técnico anterior, de junho, estimava uma reserva total de 77 milhões de toneladas medidos e indicadas, e 8,6 milhões de toneladas de recursos inferida, ambas com teor de 1,43% de óxido de lítio (Li2O).
Ana Cabral-Gardner, CEO da Sigma, destacou que “o sucesso da campanha de exploração estabelece a Sigma como uma das maiores empresas de lítio do mundo”.
“A Sigma é atualmente um produtor em grande escala e de baixo custo, mas também tem estimativas de recursos minerais que ultrapassam 110 milhões de toneladas de depósitos a céu aberto. Esta escala sublinha a nossa relevância estratégica para nos tornarmos a base de cadeias de abastecimento globais que proporcionarão a descarbonização das baterias de veículos elétricos”, ressaltou a executiva.
Na fase 1 do projeto, a Sigma iniciou sua produção em abril deste ano, com capacidade de 270 mil toneladas de concentrado de lítio grau bateria por ano.
A empresa já exportou, pelo porto de Vitória (ES), três cargas de lítio, totalizado 57,5 mil toneladas de concentrado. O destino são companhias refinadoras baseadas na Ásia, principalmente China. A empresa pretende embarcar 130 mil toneladas até o final deste ano.
Ainda no comunicado, a Sigma informou que identificou novos depósitos minerais em suas concessões de pesquisa e exploração, o que pode render até 20 milhões de toneladas de recursos minerais adicionais numa eventual fase 5 de produção.
Fonte: Revista Mineração & Sustentabilidade
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