Quando começar as operações, a Serra Verde vai produzir um concentrado mineral único, com uma combinação de alto valor de elementos de terras raras.
Após receber todas as aprovações regulatórias necessárias, a Serra Verde Pesquisa e Mineração planeja a operação integrada de mineração e processamento de elementos de terras raras (ETRs) em Minaçu, Goiás, para produzir um concentrado misto desses elementos.
Os próximos passos, segundo a empresa, são a conclusão do comissionamento e colocar em operação, até o fim deste ano, a Fase I do depósito Pela Ema e da planta de processamento, dando início à produção comercial.
Entre os principais marcos de comissionamento estão o início do circuito de processamento, a instalação de rejeitos empilhados a seco e a conexão à rede elétrica, abastecida em 100% com energia renovável.
A licença de operação ambiental (Licença Operacional ou LO) foi concedida à Serra Verde pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (SEMAD).
“Estamos entusiasmados em receber esta licença final, o que significa que a Serra Verde poderá se tornar o primeiro produtor relevante, fora da Ásia, de todas as quatro terras raras essenciais para a produção de ímãs permanentes de alta potência, apoiando o esforço mundial para a transição energética. A Serra Verde será um ativo estratégico na cadeia de valor global de ímãs permanentes por muitos anos”, afirma o CEO da Serra Verde Pesquisa e Mineração, Thras Moraitis.
Produção
As operações da Serra Verde em Minaçu preveem a produção de um concentrado mineral único que contém uma combinação de alto valor de elementos de terras raras pesados e leves, incluindo neodímio, praseodímio, térbio e disprósio, todos com propriedades magnéticas críticas.
Os elementos de terras raras são essenciais para a fabricação de ímãs permanentes de alta potência, utilizados em motores de veículos elétricos e geradores de turbinas eólicas.
Com o objetivo de uma produção sustentável no fornecimento de materiais de terras raras, a companhia vai operar de acordo com os mais altos padrões ambientais, em conformidade tanto com os requisitos da licença expedida pela SEMAD quanto com as melhores práticas internacionais.
Na lavra do depósito de argilas iônicas da mineradora serão usadas técnicas de mineração a céu aberto, de baixo risco operacional, empregando, no tratamento do minério extraído, tecnologias de processamento simples e bem estabelecidas, sem a utilização de produtos químicos perigosos, obtendo assim, custos operacionais mais baixos a par de padrões superiores de Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG).
A expectativa é de que a Fase I do Projeto Pela Ema produza, pelo menos, 5 mil toneladas por ano de óxido de terras raras, ao longo de uma vida útil de 25 anos da mina, já dispondo de contratos de compra para uma grande parte da produção planejada.
A capacidade de produção também tem um potencial significativo de expansão por meio da otimização da planta. Além disso, a mineradora destaca que os recursos disponíveis são amplos o bastante para permitir aumento da produção, que poderá ser duplicada até o final desta década.
“Atingir este marco é resultado de seu comprometimento e dedicação. Gostaria também de agradecer às autoridades governamentais de Goiás e Minaçu e, principalmente, às comunidades locais pelo contínuo apoio e interesse no projeto. Estamos ansiosos por consolidar nosso papel relevante na economia regional e, hoje, com a construção quase concluída, o comissionamento bem encaminhado e todas as licenças recebidas, podemos olhar para o futuro com confiança. Seguiremos trabalhando em melhorias operacionais na Fase I, visando uma potencial expansão para a Fase II do Projeto, viabilizando a exploração mais ampla e racional do grande potencial do nosso empreendimento”, complementa o COO da Serra Verde, Ricardo Grossi.
Fonte: Revista Mineração & Sustentabilidade
Comments