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Projeto Boa Esperança será iniciado em 2022




A Ero Copper, através da Mineração Caraíba S.A., deve iniciar, em abril de 2002, a implantação do projeto Boa Esperança, no Pará, para o qual está previsto um investimento de US$ 294 milhões na implantação, mais US$ 196 milhões em sustaining. O projeto Boa Esperança está localizado no município de Tucumã, estado do Pará, a cerca de 40km da cidade e pode ser acessado através da rodovia PA-279, que liga as cidades de Xinguara e São Félix do Xingu. Em Xinguara há ligação com a BR-155, que leva à cidade de Marabá.


O depósito foi adquirido pela Mineração Caraíba S.A. (controlada pela Ero Copper) da Codelco, em 2007 e contém 32,6 milhões t de recursos medidos, sendo 7,117 milhões t com teor de 2,16% Cu mais 25,476 milhões t com teor de 0,60% Cu. Os recursos indicados somam aproximadamente 15,0 milhões t, das quais 1,661 milhão t com teor de 2,27% e 13,433 milhões t com teor de 0,51%. Os recursos inferidos alcançam 554 mil t, sendo 40,5 mil t com teor de 2,69% e 514,4 mil t com teor de 0,49%. As reservas totais são de 43,05 milhões t, com teor de 0,83% Cu, totalizando 356,6 mil t de cobre contido.


A lavra deverá ser feita a céu aberto e o tempo de vida útil previsto para a mina é de 12 anos. O estudo considerou que nos cinco primeiros anos a operação de pré-estriping e lavra seria terceirizada. A partir de então e até o final da vida útil da mina, a operação de lavra seria própria. A escala de produção de ROM (minério bruto) seria de 4 milhões t/ano.


No processamento, prevê-se sistema de britagem em três estágios, moagem com moinho de bolas, flotação e circuitos de desaguamento tanto para o cobre quanto para os rejeitos de pirita, que serão estocados a seco.


O suprimento de energia será feito pela Equatorial Energia Pará, que confirmou a viabilidade de atendimento a um pico de demanda de 25MW por meio de uma linha de 138kV entre a subestação principal na mina e a subestação próxima a Tucumã. A linha de transmissão terá 45km e levará 21 meses para ser completada.


Para embarque do concentrado, a empresa deverá utilizar o porto de Barcarena, sendo o transporte entre a mina e o porto realizado por caminhões.


O capex previsto de US$ 294,2 milhões está assim distribuído: mina a céu aberto (incluindo aquisição de caminhões) – US$ 55 milhões; manuseio de minério – US$ 22,8 milhões; planta de processamento – US$ 62,6 milhões; instalações para tratamento e disposição de rejeitos – US$ 14,6 milhões; infraestrutura no site – US$ 42,4 milhões; infraestrutura fora do site – US$ 28,7 milhões; custos indiretos (propriedades, contingências e outros) – US$ 68,1 milhões. Já os custos operacionais estão estimados em US$ 74,2 milhões/ano, dos quais os principais são mineração (US$ 37,8 milhões) e processamento (US$ 22,9 milhões).


Fonte: Brasil Mineral

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