Segundo o presidente-executivo Duncan Wanblad, as operações de carvão siderúrgico e minério de ferro terão status prioritário em 2023.
A Anglo American anunciou que a produção de minério de ferro alcançou 16,1 milhões t no terceiro trimestre de 2022, uma redução de 5% sobre igual período de 2021. A redução correu principalmente devido ao impacto em Kumba, pelo lento ramp-up após a intervenção de segurança no segundo trimestre e pela redução de carga da Eskom, notadamente em setembro, enquanto a produção no Minas-Rio ficou estável. A produção de níquel também diminuiu 4%, para 10 mil t, principalmente devido aos teores mais baixos. Já o volume de cobre produzido ficou praticamente estável,
Em contrapartida, a produção de carvão siderúrgico aumentou 28%, para 5,5 milhões de toneladas, o que reflete o contínuo ramp-up das operações de longwall. A produção de cobre diminuiu 6%, para 147 mil t, devido aos menores teores planejados em todas as operações chilenas, bem como características desfavoráveis do minério em Los Bronces, parcialmente compensadas pela primeira produção de cobre de Quellaveco, no Peru. A produção de metal em concentrado das operações Platinum Group Metals (PGMs) caiu 6%, devido ao impacto da redução de carga da Eskom (quedas de energia) principalmente em setembro, fechamentos de infraestrutura em Amandelbult e menor teor em Mogalakwena. A empresa produziu 9,6 milhões de quilates de diamantes brutos no terceiro trimestre de 2022, ou 4% a mais do que no mesmo trimestre de 2021, em especial pelo tratamento de minério de maior teor em Orapa (Botsuana), bem como um forte desempenho contínuo na Namíbia.
Para o presidente-executivo da Anglo American, Duncan Wanblad, o desempenho foi impulsionado pelo contínuo ramp-up das operações de longwall Steelmaking Coal e forte desempenho contínuo da De Beers. “Nossa nova mina de cobre de classe mundial no Peru, Quellaveco, continua a aumentar a produção com remessas para clientes em andamento. A produção no terceiro trimestre foi praticamente estável em comparação com o mesmo período de 2021, uma vez que a maior produção de Quellaveco, Steelmaking Coal e De Beers foi compensada principalmente por teores de minério de cobre mais baixos esperados no Chile e alguns desafios operacionais em nosso negócio de minério de ferro Kumba.
Ele acrescentou que o contínuo aumento seguro das operações de carvão siderúrgico, bem como melhorias adicionais de desempenho, faz com que os negócios de minério de ferro sejam prioridades para definir a plataforma para entrega em 2023. “Continuamos a sentir os efeitos dos deslocamentos na economia global em nossos negócios - em energia e em todas as cadeias de suprimentos e mercados de trabalho - e estamos planejando adequadamente para 2023, confiantes na posição estratégica da nossos negócios”, acrescentou.
Para Wanblad, a Anglo segue avançando em direção aos compromissos de sustentabilidade, com o fornecimento de eletricidade renovável garantido para todos os clientes das Américas. “Estabelecemos, por meio de nossa empresa Envusa, parceria com a EDF Renewables na África do Sul para desenvolver a primeira fase de mais de 600 MW de projetos eólicos e solares, um passo importante em direção à nossa visão de um ecossistema de energia renovável de 3-5 GW na região até 2030. Além disso, realizamos a primeira emissão de título vinculado à sustentabilidade, o que reafirma nosso compromisso com nossas metas de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a captação de água doce e apoiar a criação de empregos nas comunidades onde operamos”, concluiu.
Fonte: Brasil Mineral
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