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Presidente afirma que Vale está no caminho para estabilizar produção




O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, lembrou nesta quinta-feira (29), em teleconferência com analistas, que a empresa teve recorde de produção em Carajás no terceiro trimestre, o que, segundo ele, indica que a mineradora está no caminho da estabilização da produção.

"Estou seguro que vamos atingir a produção de 400 milhões de toneladas [de minério de ferro] em 2022", disse Bartolomeo. O executivo afirmou ainda que a empresa está avançando para colocar a VNC — produtora de níquel na Nova Caledônia — em manutenção no ano que vem. O diretor de Metais Básicos da Vale, Mark Travers, ressaltou que essa manutenção vai exigir o mesmo valor que custaria a operação.

O diretor-executivo de Ferrosos da Vale, Marcelo Spinelli, afirmou que a empresa teve produção recorde de minério de ferro na Região Norte e, além disso, evoluiu em segurança e na produção no Sudeste.

Segundo ele, a empresa produz hoje num ritmo de 1 milhão de toneladas por dia e trabalha para atingir a meta de 310 milhões de toneladas produzidas este ano. Spinelli ressaltou também que a companhia monitora os efeitos do fenômeno climático La Niña, que aumenta as chuvas no Norte do Brasil e causa secas no Sudeste e no Sul.

Sobre a estratégia de vendas, o diretor-executivo destacou que a companhia começou "há um tempo" a mistura (blend) de minério de ferro, o que gera valor e prêmios no mercado devido à qualidade do produto da Vale.

Spinelli também garantiu que a mineradora não tem a expectativa de aumentar o "gap" entre a produção e as vendas de minério.


O diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, disse que os custos de produção de minério de ferro da companhia estão influenciados pela compra de terceiros. Segundo ele, o custo médio de produção de minério de ferro da empresa ficou em US$ 12,5 por tonelada, quando excluídos os gastos com logística e com compras de terceiros.

Siani também lembrou que ontem a companhia reduziu de US$ 4,6 bilhões para US$ 4,2 bilhões o patamar de investimentos esperados para 2020. O diretor-executivo explicou que essa queda foi causada em função dos efeitos da covid-19.

Ele também frisou que a Vale pretende retirar debêntures participativas do mercado e lembrou que dois terços desses títulos estão nas mãos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Tesouro, que anunciaram disposição de vender os papéis. Siani afirmou que a companhia vai "precisar fazer eventualmente" uma assembleia de debêntures participativas.

"Vamos precisar fazer eventualmente uma assembleia de debenturistas para corrigir a escritura para permitir a recompra do emissor. A CVM [Comissão de Valores Mobiliários] acabou de regular esse processo de recompra de debêntures, é uma regulação nova que entra em vigor exatamente em 1º de janeiro de 2021", explicou Siani.

Segundo ele, antigamente um emissor não podia recomprar um título de sua própria emissão por um valor superior ao valor de emissão do título. Siani lembrou que essa debênture tem um valor simbólico de apenas 1 centavo. "A regulação agora permite sim a recompra", reiterou o diretor-executivo, acrescentando que a forma de fazer essa recompra é mediante uma oferta pública que será feita pelo emissor para todos os debenturistas. "Essa é a forma de fazer".

O executivo frisou ainda que, como a maior parte das debêntures está nas mãos de órgãos públicos, certamente BNDES e Tesouro "vão querer participar de processo transparente, público, onde haja adesão de outras partes". "Essa negociação não pode ser privada", disse.

De acordo com Siani, o que a Vale está fazendo atualmente é avaliar a possibilidade de venda e a conveniência do ponto de vista de alocação de capital e a viabilidade do ponto de vista legal de fazer essa oferta de recompra. "Quando e se essa decisão for tomada, comunicaremos ao mercado de capitais", frisou.

Brumadinho

Bartolomeo destacou o processo de incremento de segurança das barragens da empresa depois do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em janeiro de 2019. Segundo ele, a companhia está se tornando mais segura, com um sistema sólido de gestão das barragens.


As informações são do Valor Econômico.

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