Os geólogos foram os escolhidos como Pioneiros da Mineração 2024 pelos membros do Conselho Consultivo de Brasil Mineral, por sua grande contribuição ao desenvolvimento do setor mineral brasileiro.
Breno Augusto dos Santos e Onildo João Marini (in memorian)
Os geólogos Breno Augusto dos Santos e Onildo João Marini (In Memoriam) foram os escolhidos como Pioneiros da Mineração 2024 pelos membros do Conselho Consultivo de Brasil Mineral, por sua grande contribuição ao desenvolvimento do setor mineral brasileiro.
Formado em Geologia pela USP, em 1963, o paulista de Olimpia, Breno dos Santos, iniciou sua carreira na ICOMI, que explorava manganês na Serra do Navio, Amapá. Logo em seguida foi para a meridional de Mineração (grupo US Steel), atuar na pesquisa de manganês. Em 1967, com apenas 27 anos de idade, participou daquela que é considerada hoje como a maior descoberta geológica do Século XX: as imensas jazidas de minério de ferro de Carajás, que depois se mostrou ser uma das mais profícuos províncias minerais do Planeta, com reservas de minério de ferro, ouro, cobre, manganês e níquel.
Depois de uma rápida passagem pela PROTEC, Breno foi para a Docegeo, em 1971, onde ficou até 1997, quando a então Vale do Rio Doce foi privatizada. Na Docegeo, foi chefe do distrito de Belém, Diretor Técnico e Presidente.
De março de 1994 a junho de 1995 foi secretário de Minas e Metalurgia do MME.
De setembro de 2003 a março de 2020, atuou como consultor do BNDES na avaliação dos trabalhos de pesquisa executados pela Vale em Carajás, naqueles depósitos em que o Banco era sócio da Vale.
Mesmo depois de afastado das atividades profissionais, Breno foi diversas vezes a Carajás, tendo sido homenageado em várias ocasiões. Nas palavras do jornalista Lúcio Flávio Pinto, “Breno forjou uma trajetória limpa e reta, que lhe permitiu descobrir a jazida, ajudar a desenvolver a mina e acompanhar diretamente o desenvolvimento de uma província mineral única em sua riqueza, diversidade e complexidade, como Carajás”.
O outro Pioneiro da Mineração 2024, Onildo João Marini (In Memoriam), é formado pela UFRGS em 1963, atuou na Petrobrás, no Recôncavo Baiano e acumulou experiências na Comissão da Carta Geológica do Paraná, ficando encarregado pela cartografia da Folha Geológica de Araucária.
Entre 1968 e 1971, Marini foi professor da UNESP, em Rio Claro, onde cursou o doutorado sob orientação do professor alemão Heinz Ebert. O pós-doutorado foi realizado no Canadá, nos anos de 1986 e 1987. Em dois momentos de sua vida ele atuou na UnB: em 1965, ajudou a fundar o curso de Geologia. Em 1971, ele retornou à Instituição liderando diversas iniciativas e coordenando projetos, como a reestruturação do trabalho final de graduação e a viabilização de convênios com organizações, entre elas o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a Eletronorte. Além disso, o docente também marcou época com duas importantes conquistas: a criação do mestrado em Geologia e a transformação do Departamento de Geociências no Instituto de Geociências (IG), passando a ser o primeiro diretor. Na UnB, atuou até 1991, quando se aposentou.
Onildo Marini foi um dos responsáveis pela criação da Agência para Desenvolvimento da Industria Mineral Brasileira (Adimb), atuando como secretário executivo até 2018 e um dos grandes impulsionares da participação brasileira no PDAC, principal evento de exploração mineral do mundo, realizado anualmente no Canadá.
A homenagem a Breno dos Santos e Onildo Marini (In Memoriam) será feita durante a premiação das Empresas do Ano do Setor Mineral e Personalidade do Ano do Setor Mineral, que acontecerá no dia 25 de novembro, a partir das 15 horas, na FIEMG, em Belo Horizonte.
Fonte: Brasil Mineral
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