Instabilidade financeira global pode levar preços do ouro a seu recorde histórico de US$ 2.075/onça nas próximas semanas
O preço do ouro pode estar caminhando para uma alta recorde em meio a colapsos bancários nos EUA e na Europa. Quando o Banco do Vale do Silício quebrou e a aquisição do Credit Suisse pelo UBS foi anunciada, o ouro disparou, atingindo o maior preço em 13 meses. Embora os preços tenham ficado abaixo de US$ 2.000/onça, há uma expectativa de outro impulso nos preços do metal.
Analistas da Fitch, por exemplo, acreditam que o aumento da instabilidade financeira global provavelmente levará os preços do ouro a seu recorde histórico de US$ 2.075/onça nas próximas semanas, embora haja uma resistência significativa em torno desse nível, já que o dólar americano permanece forte e o contágio dos riscos do fim do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank serão limitados.
A Fitch revisou para cima sua previsão do preço médio do ouro em 2023 de US$ 1.850/oz para US$ 1.950/oz, destacando vários fatores que estão sustentando a commodity, incluindo a turbulência bancária, o pico dos rendimentos dos títulos e os temores de recessão. Para os analistas da agência, a queda nos rendimentos reais dos títulos e uma queda nas expectativas das taxas desde o colapso do SVB impulsionaram a alta do preço do ouro em março e continuarão a apoiar o ouro como ativo sem rendimento.
Para a Fitch, as perspectivas para a economia global permanecem sombrias, com uma previsão de crescimento do PIB de apenas 2,1% em 2023, contra uma previsão anterior de 3,1%. E, diante de um cenário global tão nublado, o interesse dos investidores no status de porto seguro do ouro permanecerá forte.
Fonte: Brasil Mineral
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