top of page

Políticos buscam aumentar peso do Estado em projetos de lítio na América Latina

  • jurimarcosta
  • 1 de jul. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 22 de set. de 2021

Um movimento nacionalista começa a ganhar força na América Latina, região que responde por mais da metade dos recursos mundiais de lítio. Políticos buscam aumentar o peso do Estado em um setor crucial para livrar o mundo dos combustíveis fósseis.


Na Argentina, estatais de energia entram no mercado de lítio com o plano do governo para desenvolver projetos down stream (de beneficiamento do insumo para aumentar o valor agregado do produto). No Chile, o candidato à Presidência que lidera as intenções de voto quer fazer algo semelhante quando o país redige uma nova Constituição que pode resultar em regras mais rigorosas para mineradoras. No México, o governo estuda a possibilidade de nacionalizar os prospectos de lítio.

No entanto, ninguém fala em expropriar ativos na produção e muito da retórica contra investidores no Chile vem de grupos de oposição. Ainda assim, ao destacar as desigualdades e expor as vulnerabilidades da cadeia de suprimentos, a pandemia incentiva o nacionalismo de recursos que pode levar a condições menos favoráveis para produtores em meio à expansão do mercado de baterias de íon-lítio.

"A confiabilidade do país e dos recursos é algo que as empresas automotivas e debaterias olham", disse o analista do BTG Pactual, Cesar Perez-Novoa. "Portanto, é um risco."

A estatal de petróleo argentina YPF confirmou este mês que vai explorar lítio e participar da licitação para a produção de baterias por meio de uma nova unidade, estratégia semelhante à utilizada para diversificar em energias renováveis.

Outra estatal de energia, a Ieasa, ganha novo papel sob o presidente da Argentina, Alberto Fernández, depois que o governo anterior tentou privatizar muitos de seus ativos. Agora, a empresa disse que vai incorporar o lítio em sua estratégia de negócios, sem dar mais detalhes.


Países produtores de lítio tiveram pouco sucesso ao agregar valor aos setores de matérias-primas, dada a distância dos centros de demanda e, às vezes, ao ambiente de negócios adverso. No caso da Bolívia, os requisitos para investir em projetos downstream têm sido uma das barreiras para a extração do lítio.

A Argentina aposta nos laços com a China para abrir as portas ao sonho de fabricar baterias e veículos elétricos localmente. Autoridades argentinas estão em negociações com a Gotion High-Tech e Ganfeng Lithium.

No Chile, o maior fornecedor de lítio depois da Austrália, a expectativa é de que o processo para reescrever a Constituição inclua um debate sobre como obter mais lucros do setor, regras de licenciamento mais rígidas e a classificação da água como um bem nacional para uso público.

Não está claro se uma nova Constituição pode alterar os direitos de propriedade, uma vez que o Estado já é proprietário dos recursos minerais, disse Renato Garin, professor da Faculdade de Direito da Universidade do Chile, eleito para a convenção que redige a Constituição. A mudança provavelmente será baseada em regras ambientais devido às crescentes preocupações sobre o impacto da mineração de lítio nas salinas do Atacama.

"O que a nova Constituição vai incentivar é um distanciamento do capitalismo de mineração para encorajar mais investimentos em tecnologia", disse Garin, membro esquerdista independente da assembleia. "Como produzir sem destruir", afirmou em entrevista.


As informações são da Bloomberg.

 
 
 

Comments


SINDIMINA - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração, Pesquisa e Benefício de Ferro, Metais Básicos e Preciosos de Serrinha e Região

Rua Macário Ferreira, nº 522 - Centro - Serrinha-BA     / Telefone: 75 3261 2415 /  sindimina@gmail.com

Funcionamento :  segunda a sexta-feira, das  8h às 18h.

bottom of page