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Mineração se destaca no comércio bilateral entre Brasil e Canadá

De acordo com dados do levantamento Quick Market Facts, elaborado pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) com base em informações da balança comercial brasileira, as vendas totais de minérios do Brasil para o Canadá em 2020 totalizaram US$ 3,04 bilhões. O valor representa 72% do total de exportações do Brasil para o Canadá em 2020, que totalizaram US$ 4,23 bilhões. Os principais produtos foram ouro, alumina calcinada e a categoria que reúne ferro fundido, ferro e aço.


Além disso, o setor ainda vem se mostrando uma opção de investimento para companhias canadenses. Um passo nessa direção foi dado em março do ano passado, com a assinatura de memorando de entendimento entre o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e as bolsas de valores Toronto Stock Exchange (TSX) e TSX Venture Exchange (TSXV) com vistas ao aumento dos investimentos canadenses nos próximos anos e à maior participação de companhias brasileiras do setor no mercado de capitais do Canadá.

Questões regulatórias

Para o coordenador da Comissão de Mineração da CCBC, Wilson Antônio Borges, apesar dos avanços, ainda há pontos que devem ser ajustados para permitir um maior crescimento do setor. Segundo ele, isso decorre do fato de que o país ainda oferece muitas oportunidades de expansão para a atividade.

"O Brasil é um país que tem uma vocação mineral muito forte. No entanto, se considerarmos todas as terras disponíveis para a pesquisa mineral, excetuando-se a Amazônia e terras indígenas, temos apenas metade delas exploradas para a atividade mineral. Os 50% restantes, administrados pela Agência Nacional de Mineração (ANM), representam um potencial de exploração. E não o são por conta de questões regulatórias e excesso de burocracia", afirma. Ele ressalta que a atividade mineradora é atualmente responsável por cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Segundo Borges - que também preside a Câmara Setorial da Mineração (Casmin) da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e é responsável pela área de relações institucionais da mineradora Lundin -, é justamente essa parte regulatória que assusta possíveis novos investidores, que a perceberiam como um fator de insegurança jurídica. "Isto pode levar ao redirecionamento dessas novas operações a outros países", pondera.


Para tentar mudar esse quadro, Borges diz que a Comissão de Mineração da CCBC atuará em conjunto com outras entidades do setor para discutir uma agenda de prioridades que sensibilize as autoridades com argumentos técnicos. "Teremos essa pauta preparada nas próximas semanas. Isso é importante para que deixemos de falar apenas entre nós; temos que nos comunicar com a sociedade em geral", salienta.

PDAC virtual

A expansão das exportações de minérios do Brasil ao Canadá e a perspectiva de novos investimentos no setor receberam novo impulso com a realização da 89ª edição do evento anual da Prospectors & Developers Association of Canada (PDAC), que reuniu investidores, analistas, executivos do setor e representantes de governos, entre outros públicos. O evento ofereceu oportunidade para que os participantes pudessem estabelecer contatos, conhecer tendências e fazer negócios.


Fonte: Notícias de Mineração do Brasil

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