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Mineradoras da Bahia têm receita de R$ 5 bilhões em sete meses

O faturamento das empresas de mineração da Bahia chegou a R$ 5 bilhões até julho, uma alta de 73% se comparado com os R$ 2,9 bilhões registrados no mesmo período do ano passado, conforme dados da Agência Nacional de Mineração (ANM). O aumento nos preços do minério de ferro e a alta do dólar foram responsáveis pelo bom resultado. E a expectativa é de novas receitas com o aumento da exploração do minério de ferro no estado.


Segundo a Companhia Brasileira de Pesquisa Mineral (CBPM), boa parte desse aumento na receita se deve à entrada da Bamin no mercado. A mineradora iniciou a operação comercial em janeiro, tendo apresentado um crescimento na produção de quase 900% no primeiro semestre de 2021, em relação ao mesmo período de 2020. Atualmente, os três estados que mais produzem o metal são Pará, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. "Nós estamos apenas raspando a superfície. A Bahia tem um potencial que vai muito além da Bamin", afirma o presidente da empresa, Eduardo Ledsham.

A CBPM destaca que, pelo menos, mais uma mineradora já produz ferro na Bahia, a Brazil Iron, e outras duas estão em processo de instalação: Tombador Iron e Colomi Iron. Além disso, novas áreas com potencial para produção de minério de ferro seguem sendo prospectadas pela própria CBPM e pela Companhia Vale do Paramirim.

O presidente da companhia, Antonio Carlos Tramm, ressalta que esse aumento no volume de investimentos confirma que a mineração irá ocupar cada vez mais uma posição de destaque no desenvolvimento econômico da Bahia, na geração de empregos e de tributos.

"Estudos realizados pela CBPM mostram que o centro-oeste baiano, onde fica Caetité, é rico em minério de ferro, urânio e outros minerais. Na esteira da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), a CBPM já trabalha para atrair mais investimentos para oportunidades identificadas na região e, também, em estudos de novas jazidas minerais a 100 km de distância de cada lado dos trilhos", destaca.

Os trilhos da primeira etapa da Fiol vão de Caetité ao Porto Sul e devem colocar a Bahia, segundo a CBPM, no seleto grupo de exportadores nacionais de minério de ferro, commodity que representa aproximadamente 4% do PIB brasileiro.


O bom resultado do setor também representa um incremento de receitas para os municípios com produção mineral, que recebem 60% da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), a contribuição paga pelas mineradoras. Até julho de 2021, a contribuição referente a todos os minérios produzidos no estado cresceu 88%, indo de R$ 47,6 milhões para R$ 89,2 milhões, em relação ao mesmo período de 2020.

A CBPM disse ainda que, além da Fiol, o estado precisa garantir também investimentos nos trechos baianos da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA/VLI) para transportar a produção baiana e estimular na implantação de novos empreendimentos minerários.


As informações são da CBPM.

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