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Mineradoras da América Latina faturam US$ 4,54 bilhões com alta do ouro


Os preços recorde do ouro estimularam um aumento nos lucros do terceiro trimestre para as principais mineradoras de ouro da América Latina. Os fluxos de caixa livres (ou métricas semelhantes) relatados por sete produtores líderes da América Latina dispararam em US$ 2,70 bilhões para US$ 4,54 bilhões, um aumento de 146%.

O ouro ultrapassou a marca de US$ 2 mil/onça pela primeira vez em agosto, com uma média de cerca de US$ 1.900/onça em todos os três meses do terceiro trimestre, ante US$ 1.400 a US$ 1.500/onça no mesmo período do ano passado.

Os preços aumentaram à medida que governos em todo o mundo anunciaram pacotes de estímulo massivos para sustentar suas economias em dificuldades na esteira da pandemia de Covid-19.

Todas as sete empresas - cada uma das quais produziu pelo menos 125.000 onças de ouro nas minas da América Latina no trimestre - viram o fluxo de caixa crescer, com aumentos variando de 29% a 290%.

Os aumentos ocorreram apesar da redução na produção em seis das sete minas, com as quedas em parte devido aos protocolos e restrições da Covid-19, junto com menores teores.

A Barrick Gold teve a maior geração de caixa livre no terceiro trimestre, de US$ 1,31 bilhão, 161% acima dos US$ 502 milhões no terceiro trimestre de 2019. Na América Latina, a Barrick tem a mina Pueblo Viejo, na República Dominicana,em parceria com com a Newmont; e Veladero na Argentina, com a Shandong Gold.


A Newmont, maior produtor de ouro da região, ficou atrás da rival Barrick, com fluxo de caixa livre de US$ 1,30 bilhão, mas a melhora em relação ao terceiro trimestre de 2019 foi muito mais acentuada, subindo 256% de US$ 365 milhões. Os ativos da Newmont na América Latina são a mina Peñasquito, no México; Cerro Negro, na Argentina; Merian, no Suriname; e Yanacocha, no Peru, bem como uma participação de 40% na Pueblo Viejo.

A Industrias Peñoles registrou fluxo de caixa operacional líquido de US$ 733 milhões no trimestre, ante US$ 470 milhões, um aumento de 56%. A Peñoles, que controla a subsidiária Fresnillo de metais preciosos, é a maior produtora de ouro do México, bem como uma importante mineradora de prata e metais industriais. Todas as suas minas produtoras estão localizadas no México.

O fluxo de caixa operacional da Kinross Gold aumentou para US$ 544 milhões de US$ 232 milhões no terceiro trimestre de 2019, um aumento de 134%. Na América Latina a empresa possui a mina de ouro de Paracatu, no Brasil, que produziu 131.000 onças no trimestre.

A AngloGold Ashanti viu o maior aumento percentual no fluxo de caixa livre no terceiro trimestre, uma alta de 290% para US$ 339 milhões, de US$ 87 milhões na mesma base de comparação. A empresa é uma das cinco maiores produtoras de ouro da América Latina, com a mina Cerro Vanguardia, na Argentina, e duas operações no Brasil.

O fluxo de caixa livre líquido da Yamana Gold cresceu 107%, para US$ 185 milhões, em relação a US$ 89,5 milhões no terceiro trimestre de 2019. As minas da empresa estão localizadas no Brasil, Argentina, Chile e Canadá.

A Torex Gold teve um aumento no fluxo de caixa livre de 28,6%, registrando US$ 124 milhões, contra US$ 96,4 milhões no terceiro trimestre de 2019. A mina El Limón-Guajes da Torex, no México, é seu único ativo de produção e uma das maiores minas de ouro da América Latina.

Perspectiva

Os preços recordes do ouro aumentaram os fluxos de caixa para as principais mineradoras da região no terceiro trimestre, e as perspectivas permanecem saudáveis.

Os preços do metal amarelo continuaram sendo negociados em torno de US$ 1.900/onça no quarto trimestre e devem se beneficiar do resultado tardio das eleições presidenciais nos Estados Unidos, e de um provável estímulo fiscal adicional esperado para quem sair vitorioso.

Embora os garimpeiros não tenham ficado imunes às interrupções da Covid-19, os declínios resultantes na produção de ouro foram marginais e muito superados pelos benefícios dos preços mais altos.

As mineradoras também parecem manter a disciplina, com foco na eficiência, pagando dívidas e entregando retornos aos acionistas por meio de dividendos, em vez de investir em novas oportunidades de crescimento.


As informações são do BNamericas.

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