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“Mineração está ligada ao futuro da humanidade”, afirma Raul Jungmann


Em entrevista ao Café com Política, na FM O TEMPO, o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, falou sobre a atuação da entidade e destacou a importância do segmento para o país.

O ex-ministro destacou alguns desafios, sendo a falta de investimentos o primeiro deles: “o setor é carente, nós temos as grandes empresas, que têm acesso ao circuito internacional de capital. Por exemplo, é o caso de uma Vale, de uma Anglo American. Mas nós temos todo o restante do setor, que até hoje não teve instrumentos que permitissem a ele ampliar a sua produção”.

Jungmann também mencionou que a mineração está comprometida com a sustentabilidade.

“Temos um setor de ESG, ou seja, que volta-se para o meio ambiente, o social e para a governança, que tem 12 grupos e de três em três meses apresenta resultados. Tem marcos que quer realmente alcançar, e é um setor que está fazendo isso hoje de uma maneira, eu diria, mais aberta. Além disso, nós temos uma grande preocupação com a Amazônia, com a questão da floresta em pé, dos povos indígenas, da natureza. E por isso mesmo temos uma posição frontalmente contrária ao garimpo ilegal e ao ouro ilegal, que destrói a natureza, que prostitui as crianças indígenas, que envenena os rios, assim por diante. Nós hoje somos líderes disso”, explicou.


Para o diretor-presidente do IBRAM, há grandes dificuldades em relação à questão tributária, especialmente depois que “o STF validou a TFRM, Taxa de Fiscalização de Recursos Minerais, como constitucional, e os estados estão jogando em cima disso alíquotas absurdas. E os municípios, pelo Supremo, também podem cobrar a TFRM. Se podem, o Supremo decidiu, não há o que discutir, mas tem que ter uma razoabilidade em termos da alíquota”, pontuou Jungmann.

“Isso ameaça a produtividade do setor, ameaça o mercado, traz insegurança jurídica, e aí chegamos ao final disso. A mineração está ligada ao futuro da humanidade, porque nós precisamos superar a crise climática, que coloca em risco a humanidade. Sem os chamados minerais críticos, como o nióbio, o tântalo, o lítio, não vai haver transição, não vamos superar a crise que ameaça a humanidade, argumentou.


Fonte: Sites Mineramt e O tempo

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